Jorge Jesus, treinador do Belenenses, após a eliminação da Taça de Portugal frente ao P. Ferreira (2-2, resultado final; 4-5, nas grandes penalidades)
«O facto de sermos eliminados nas grandes penalidades faz-nos pensar que foi um esforço inglório jogarmos com menos um durante 60 minutos. A equipa teve grande carácter. Nos primeiros 45 minutos a equipa foi pouco agressiva e deu espaços ao Paços de Ferreira. Alguns jogadores mostraram ter falta de ritmo, nomeadamente no flanco esquerdo. Na segunda parte, as alterações modificaram o jogo. Fica para a história que o Belenenses foi eliminado, mas como treinador tenho de realçar o facto de a equipa acreditar que podia dar a volta ao marcador e ter conseguido encostar o Paços. Esperava que a equipa conseguisse inverter o resultado no prolongamento. Era importante continuar em prova, por termos sido finalistas e pelos 60 minutos que jogámos com menos um. Temos mágoa devido a estes dois factores. Saímos da Taça da Liga e da Taça ao perder por penalties, agora resta o campeonato. Temos o jogo frente ao Benfica, mas esta partida deixa-me a ideia de que vamos fazer um bom jogo. Sinto mágoa porque os jogadores mostraram grande carácter.
[Expulsão de Cândido Costa] Ele diz que não disse nada, mas o árbitro expulsou-o... Acredito no meu jogador, mas acho também que o árbitro não é maluco. Fica a dúvida. Foi um factor que nos saiu caro porque alguns jogadores saíram esgotados.»
Jorge Mendonça, treinador-adjunto do P. Ferreira, depois da passagem à fase seguinte na Taça de Portugal:
«Não contávamos sofrer tanto, depois de estarmos a ganhar por 2-0. Podíamos ter ganho nos 90 minutos ou até mesmo no prolongamento, mas não conseguimos. Estamos muito contentes pela vitória na casa de uma grande equipa, que fez uma carreira brilhante na época passada e está a repetir o feito este ano. Tivemos fases muito boas e outras em que tivemos confiança a mais. Os jogadores julgavam que o jogo estava ganho e o Belenenses empolgou-se. Tivemos de sofrer. Nunca conseguimos nada sem sofrimento. Quem é pequeno está habituado a sofrer.»