Jorge Jesus, treinador do Benfica, analisa a goleada ao Nacional (4-1), em jogo da 18ª jornada da Liga:

«O Benfica fez uma das melhores exibições na Luz. Com uma intensidade de jogo muito alta na primeira parte, período em que fez três golos e podia ter feito mais. O golo do Nacional, que nasce de um penalty inexistente, fez com que o Nacional entrasse no jogo. Tivemos alguns minutos perdidos, o que é normal, pois um golo cria sempre problemas emocionais, mas a equipa recompôs-se e a partir daí controlou o jogo e o resultado. Na segunda parte, com o 4-1, o jogo tornou-se mais fácil. Podíamos ter feito mais golos. Não só o penalty do Cardozo, mas também outro lance do Rodrigo. Metemos nota artística no jogo. Os jogadores do Benfica estão de parabéns, pois estão muito fortes. Não é fácil parar esta equipa.»

[O Nacional queixou-se das arbitragens antes deste jogo. Hoje é o Benfica que sai queixoso?] «Para mim é pouco importante. Isso diz respeito a outro jogo. Penso que o treinador do Nacional não se pode queixar. Pelo contrário. A equipa de arbitragem não prejudicou o Nacional.»

[que importância teve o penalty no desenrolar do jogo?] «Teve muita importância. A partir daí o Nacional entrou no jogo, e estava praticamente KO. Fico satisfeito quando o Benfica faz golos, mas também quando não sofre. Também dá nota artística. Sofrer golos quando o adversário nada faz por isso deixa-me revoltado, mas aqui os jogadores não têm culpa. O árbitro não decidiu bem.»

[de qual golo gostou mais?] «Gostei de todos. Gostamos sempre, mas há a componente técnica, individual ou colectiva. Tivemos algumas jogadas de elevada nota artística, em termos colectivos, e também aquela jogada individual do Gaitán. Houve golos para todos os gostos.»

[sobre a vitória 100 no banco do Benfica] «Só conquistarmos títulos se ganharmos. Isso enquadra-se nos objectivos do Benfica. O significado não é mais do que isso. Sabemos que é importante, pois é uma forma acrescida de valorizar a equipa.»

[sobre a condição física da equipa para o jogo com o Zenit] «A equipa do Benfica aparece com uma grande dinâmica pois tem havido tempo para colocar toda a sua intensidade em jogo. A equipa tem tempo para recuperar. Não há problema ao segundo jogo, mas ao terceiro, em Coimbra. Aí terei de pensar em gerir um ou outro jogador.»

[ainda sobre o jogo na Rússia] «São jogos diferentes, com objectivos diferentes. Também não sabemos como será em relação à temperatura. Acredito que temos possibilidades de fazer um bom jogo.»

[sobre a adaptação de Witsel] «Foi uma situação de recurso. Trabalhámos durante a semana uma solução ao Maxi, que é muito ofensivo. Precisávamos de um jogador que desse garantias ofensivas. O Witsel já tinha feito esta posição no Standard, com o Preudhomme. Ofensivamente não teve problemas, defensivamente perdeu-se algumas vezes, o que é normal. O importante é ter jogadores com uma cultura táctica elevada. É destes jogadores que eu gosto muito.»

[sobre o apoio dos adeptos] «A diferença do Benfica também está nos adeptos. 53 mil adeptos frente ao Nacional não é muito comum. Os adeptos estão junto da equipa. Sentimos o apoio em casa e fora, mas especialmente na Luz. As vitórias também são deles. Mais uma vez fizeram parte da festa.»