Jorge Jesus, treinador do Benfica, em declarações na sala de imprensa, no final do triunfo sobre o Paços de Ferreira, por 2-1, que permitiu conquistar a terceira Taça da Liga consecutiva para o clube encarnado:

«Na primeira parte o Benfica foi única equipa que criou oportunidades de golo e foi a equipa que mais tempo esteve no meio campo contrário. Fez dois golos e poderia ter acabado com mais, pois há uma grande penalidade nítida sobre o Saviola que poderia definir o jogo. Na segunda parte, o Paços marca num autogolo, mas em termos de oportunidades de golo, o Paços de Ferreira não as teve. A nossa equipa estava cansada e é verdade que tivemos algumas dificuldades na segunda parte. Nos últimos dez minutos, tínhamos muitos jogadores em dificuldade. Sabia que ia ser assim, porque tivemos pouco tempo de recuperação e por isso a primeira parte tinha de ser determinante. Tínhamos de resolver aí, porque íamos ter problemas na segunda parte.»

«O valor desta vitória é o mesmo do ano passado. Foi o primeiro título antes de sermos campeões. A derrota com o F.C. Porto na quarta-feira não alterou nada. Se tivéssemos ganho a ambição que trazíamos para este jogo seria a mesma. O nome do Paços não mudava nada, se estava na final é porque tirou várias equipas com qualidade, entre as quais o Sp. Braga que nós vamos defrontar na quinta-feira. Sabíamos que este jogo valia um título, mas também tínhamos a consciência que jogamos com o Porto há dois dias e, por isso, a equipa fisicamente e emocionalmente teve alguma dificuldade. Para além da equipa, os adeptos do Benfica foram os grandes obreiros desta vitória. Não é qualquer clube que coloca 98 ou 99 de percentagem de adeptos, em relação aos que estavam presentes.»

[Sobre a reacção tímida ao triunfo:] «Se puxarem a cassete atrás e virem a forma como estive no ano passado quando ganhamos esta Taça, verão que tive a mesma reacção. Não sou muito expansivo normalmente, nem com os triunfos nem com as derrotas.»

[Sobre a recuperação para o jogo com o Sp. Braga:] «Quinta-feira já não se põe este problema, porque a equipa terá mais dias e já terá recuperado. O que me preocupa com a fadiga são alguns jogadores com alguns problemas de lesões, como o Carlos Martins e o Pablo Aimar, que, na minha opinião, fez um grande jogo. O que me preocupa é tentar recuperar os jogadores com lesões. Vamos chegar a quinta-feira fresquinhos.»