Jorge Jesus, treinador do Benfica, analisa o empate caseiro com o Belenenses (1-1):

«Dizer se o resultado é justo ou não é subjetivo, mas a realidade é que ficou 1-1. É a verdade dos factos. Claramente perdemos dois pontos. Na primeira parte o Benfica não criou muitas oportunidades, mas o Belenenses só criou dificuldades na bola parada, por causa do Diakité. Há fora de jogo do Fredy. As novas leis estabeleceram que todas as interferências, mesmo que não toque na bola, são fora de jogo. São pormenores que nos vão tirando pontos. A equipa ficou um pouco intranquila nos minutos seguintes, no que diz respeito às suas ideias de jogo.»

«A segunda parte foi mais do mesmo. O Benfica a tentar criar espaço para ganhar os corredores. Não o fez tão bem quanto é habitual. Um pormenor da equipa de arbitragem tirou-nos pontos. Perdendo pontos assim e com outros a conquistar pontos com ajudas, as coisas tornam-se mais difíceis. A segunda parte teve 20 ou 25 minutos de tempo de jogo. Não beneficiou quem quis jogar. Foi uma medida tática da equipa do Belenenses, e com a qual o árbitro colaborou. Foi isso que disse ao árbitro no final.»

«O Benfica não conquistou assim tantas oportunidades. Há algum mérito da equipa do Belenenses, mas houve pouco tempo de jogo na 2ª parte.»

«Em relação ao que aconteceu com o nosso rival, não comento diretamente. É um facto que aqui houve uma situação clara de interferência no golo do Belenenses, que o árbitro deixou passar. Enquanto que o nosso rival, numa situação duvidosa, o árbitro não teve dúvidas nenhumas. São pontos que vão somando, mas está tudo dentro do que podemos recuperar.»

«O Benfica ainda não teve um penalti a favor. Em Guimarães houve penalti nítido, como na Madeira. Neste fora de jogo não há dúvidas. Tivemos uma palestra com uma equipa de arbitragem, no início da época, a dizer que a UEFA estabeleceu que, sempre que o guarda-redes seja estorvado por uma ação visual, é sempre fora de jogo. Foi o que aconteceu com o Fredy.»