Uma resposta pronta, a do treinador do Benfica, Jorge Jesus, a uma declaração do técnico do Newcastle. Alan Pardew tinha dito que os encarnados «jogavam para os oito ou dez primeiros» na Premier League, horas depois, na mesma sala de imprensa da Luz, Jesus retorquiu.

«Em termos de orçamento sim, em termos de valor não é isso que o passado tem demonstrado», começou por dizer Jorge Jesus. «As equipas portuguesas que têm jogado na Champions, Benfica e FC porto, não têm apanhado muito o Newcastle, não tem andado muito por lá. Da última vez que eliminámos uma equipa inglesa foi o Manchester Utd, que não sei se joga para o primeiro, ou se está em décimo lugar em Inglaterra», atirou o treinador das águias.

Antes, Jorge Jesus declarou que este «é um jogo difícil, porque quando se chega aos quartos de final da Liga Europa todas as equipas são fortes e muitas das vezes o campeonato em que essas equipas estão inseridas não tem muito a ver com os objetivos propostos nesta Liga Europa».

Esta foi a argumentação do técnico depois de questionado sobre o lugar do Benfica na liga portuguesa e do Newcastle, três pontos acima da descida, na Premiership. «O facto de o Newcastle estar em 15º não quer dizer que não seja boa equipa. Fez 12 jogos na Liga Europa e só perdeu um. Quase todos os jogadores são internacionais dos seus países», frisou Jorge Jesus.

«Benfica tem de correr riscos»

Assim, o técnico dos encarnados crê que «a eliminatória não será decidida amanhã» e espera confrontos tão difíceis quanto aqueles frente a Bordéus e Leverkusen.

Jesus na Premier? «Todas as grandes ligas seduzem»

Aliás, Jorge Jesus até comparou as três formações: «Se quiserem que dê uma ideia do nível destas três equipas, direi que o Newcastle está nos quartos de final porque é melhor do que as outras. O Benfica eliminou uma grande equipa que foi o Leverkusen. As dificuldades vão ser imensas. O Newcastle sente o que o Benfica sente, ou seja, quem está nos quartos tem muitas possibilidades em chegar à final. Todas as equipas têm os seus objetivos e ambições. Quando se chega a este equilíbrio não há muita diferença entre equipas. Há alguma, mas não muita.»