José Romão, treinador da selecção olímpica portuguesa, não quer falar de medalhas para Atenas 2004. O que o técnico promete é tentar o melhor e aproveita para dizer que as esperanças depositadas no futebol servem também para aliviar a pressão sobre as outras modalidades.
Vicente Moura, presidente do Comité Olímpico de Portugal, disse que a selecção de futebol pode trazer medalhas ao país. José Romão não define objectivos tão claros. «O que o senhor Comandante diz é aquilo com que nós também sonhamos», começa por dizer o técnico. «A dimensão dessas declarações tem a ver com o reconhecimento da qualidade dos nossos jogadores e com o facto de o nosso futebol ser hoje prestigiado, mas também me parece que é aliviar um pouco as outras disciplinas olímpicas. A responsabilidade do futebol é tão grande como de qualquer outro atleta olímpico. O que interessa é servir Portugal e tentar trazer o melhor número de medalhas possível», frisa.
José Romão lembra que, ao contrário das outras disciplinas olímpicas, no futebol, o desafio está divido por etapas e, por isso, estabelece a primeira ambição. «O primeiro passo é passar o grupo», refere, mas logo promete empenho para o desafio. «Só existe uma filosofia nesta casa que é ser sempre o melhor», assegura.
O treinador rejeita ainda alinhar no discurso do favoritismo e lembra o que aconteceu no Euro 2004. «Estamos inseridos num grupo que, à primeira vista, todos dizem que é fácil, mas ninguém pensava que a Grécia seria campeã da Europa», lembra. E, depois, quanto aos adversários, sublinha que todos se estão a preparar bem para os Jogos Olímpicos. «Temos o Iraque, que é uma selecção que se está a preparar de forma empenhada, como todas as outras e incluindo nós. A Costa Rica teve alguns jogadores nesta Taça da América que nós também conhecemos e Marrocos também se está a preparar», afirma.