Deu empate no pontapé de saída de Sporting e Belenenses na pré-época. Nesta primeira aparição pública das duas equipas retiram-se duas visões distintas, em face aos jogadores utilizados: os azuis do Restelo mostraram uma equipa mais definida quanto ao onze inicial que Domingos Paciência deverá utilizar, enquanto nos leões é complicado transmitir uma ideia nesse sentido, face às inúmeras ausências de jogadores que, à partida, serão titulares.

Assim, para os adeptos leoninos, a curiosidade incidiu mais nos novos jogadores, e no que podem acrescentar à equipa, e naqueles que ainda poderão aproveitar as ausências para mostrar a Jorge Jesus capacidade para integrar o grupo final.

Em relação aos novos, o treinador leonino colocou no onze inicial Piccini, lateral-direito que veio do Bétis, Battaglia, médio centro proveniente do Sp. Braga e Mattheus Oliveira, também médio contratado ao Estoril. Já Bruno Fernandes, médio que chegou da Sampdoria, entrou no início da segunda-parte mas quem mais deu nas vistas foram Gelson Dala e Leonardo Ruiz, que estavam na equipa B na última época e Petrovic, que esteve emprestado ao Rio Ave.

É óbvio que no primeiro jogo de pré-epoca é complicado projetar o que poderá valer uma equipa ao longo da época, e, no caso do Sporting, um cenário dificultado face às ausências de Rui Patrício, Coates, Mathieu, Fábio Coentrão, William Carvalho, Adrien, Bruno César, Gelson, Alan Ruiz e Doumbia.

No ritmo lento de um jogo de preparação após poucos dias de trabalho, Gelson Dala foi o mais movimentado e rematador no ataque leonino e um dos principais responsáveis pelo domínio inicial da sua equipa, e que depois se manteve visível ao longo do jogo.

Até ao golo do Belenenses, o Sporting encostou os azuis na defesa e construiu boas situações de finalização, com destaque para um cabeceamento de Mattheus Oliveira (12) que só não resultou em golo porque a bola embateu em Battaglia que estava na linha final. Petrovic sobressaiu, dominando a zona central do miolo, eficiente a controlar as investidas do Belenenses e afoito a soltar-se para o ataque. E foi precioso no empate, quando colocou Leonardo Ruiz frente a Muriel.

Domingos Paciência apresentou uma equipa mais definida e próxima do que será o Belenenses, se não chegarem mais reforços.

Muriel, guarda-redes brasileiro que chegou do Bahia, Sasso, central francês que estava no Sheffield Wednesday e Tandjigora, médio gabonês proveniente do Hakka (China) e que teve uma curta passagem pelo Leixões, foram as novidades. Este último jogador mostrou bons pormenores e foi decisivo no avanço da sua equipa no marcador, com uma grande abertura para Diogo Viana cruzar atrasado para o remate certeiro de André Sousa. Um golo contra a corrente no primeiro remate do Belenenses à baliza defendida por Azbe Jug.

A generalidade do que se passou na primeira-metade aconteceu na segunda, com as inúmeras substituições operadas nas duas equipas a não retirarem a iniciativa ao Sporting, que acabou por chegar com justiça ao empate pelo colombiano Leonardo Ruiz, que não falhou após boa desmarcação de Petrovic na zona central. Mas, tal como na etapa inicial, as oportunidades flagrantes de golo não abundaram.

Apesar das ausências e limitações, foi um bom teste para as duas equipas e que ajudará a cimentar ideias nos dois treinadores, quanto mais não seja para aquilatar e confirmar qualidades de quem ainda não tem assegurada a permanência nos plantéis.