COMENTÁRIO: O empate surge no final, pelos pés de Jankauskas, depois de Derlei ter perdido mais um duelo com Marco Aurélio. O desfecho foi uma espécie de mal menor para quem mais investiu no jogo e no ataque, embora raramente da melhor forma. O Belenenses não fez muito mais do que defender e depender da pontaria de Neca em dois momentos decisivos.

FINAL: 2-2.

GOLO DO F.C. PORTO (2-2, por Jankauskas): Depois de Marco Aurélio negar, mais uma vez, o golo a Derlei, Jankauskas não perdoou.

Substituição no Belenenses: sai Tuck, entra Bruno Fernandes.

Substituição no Belenenses: sai Tuck, entra Bruno Fernandes.

O árbitro concede sete minutos de compensação.

Substituição no Belenenses: sai Verona, entra Rogério.

Substituição no Belenenses: sai Verona, entra Rogério.

GOLO DO BELENENSES (1-2, por Neca): Na transformação do penalty, Neca fez Baía voar para o lado errado.

Cartão amarelo a Jorge Costa (F.C. Porto), por derrube a Neca no interior da área portista.

Grande defesa de Marco Aurélio, que volta a negar o golo a Derlei, num voo razante à esquerda.

Jankauskas remata cruzado, mas fraco, depois de lançado por Hélder Postiga.

Derlei não marca por pouco, permitindo a defesa a Marco Aurélio, depois de um cruzamento de Jankauskas, na direita.

Cartão amarelo a Hélder Postiga (F.C. Porto), a castigar derrube a Marco Paulo.

José Mourinho recebe ordem de expulsão e é forçado a abandonar o banco de suplentes, depois do árbitro consultar um dos seus auxiliares.

Cartão amarelo para Wilson (Belenenses), por protestos.

GOLO DO F.C. PORTO (1-1, por Hélder Postiga): Nuno Valente cobrou a falta, na esquerda, num longo cruzamento, e Postiga, de cabeça, coloca a bola junto ao poste, sem hipótese de defesa para Marco Aurélio, que se limitou a assistir.

Substituição no Belenenses: sai Ludemar, entra Antchouet.

Substituição no Belenenses: sai Ludemar, entra Antchouet.

Cartão amarelo a Verona (Belenenses), depois de falta sobre Costinha.

Marco Aurélio, em dificuldade, desvia para canto e evita o empate, perante a ameaça de Derlei, solicitado num longro cruzamento de Paulo Ferreira, na direita.

Substituição no F.C. Porto: sai César Peixoto, entra Jankauskas.

Substituição no F.C. Porto: sai César Peixoto, entra Jankauskas.

Início da segunda parte. O F.C. Porto tenta o ataque.

Com a equipa no balneário, Jankauskas acentua exercícios de aquecimento no relvado, já devidamente equipado para entrar a qualquer momento. Talvez já no recomeço.

40750 espectadores assistem ao jogo nas Antas.

COMENTÁRIO: Um golo de Neca, na transformação irrepreensível de um livre, acentuou a estratégia defensiva do Belenenses, que não chegou a ter tempo para justificar a vantagem. A ausência de Deco, castigado, lançou o F.C. Porto para uma resposta demasiado nervosa e irreflectida. Sem frutos, por enquanto.

INTERVALO: 0-1.

César Peixoto, lançado por Maniche, remata muito por alto, desperdiçando uma boa oportunidade para empatar.

Cartão amarelo a Costinha (F.C. Porto), a castigar derrube a Eduardo Marques.

Cartão amarelo a Maniche (F.C. Porto), depois de falta cometida sobre Tuck.

Cartão amarelo a Marco Aurélio (Belenenses), que retardou a reposição da bola em jogo. O árbitro já o tinha advertido numa outra situação.

Marco Aurélio evita o empate, lançando-se à bola e chegando antes de Derlei, isolado inadvertidamente por um mau alívio de Tuck.

Marco Aurélio defende, com os punhos, um livre transformado por César Peixoto, na direita.

Cartão amarelo a Filgueira (Belenenses), depois de interromper um lance com a mão.

Cartão amarelo a Eduardo Marques (Belenenses), por não permitir a cobrança rápida de um livre favorável ao F.C. Porto.

Derlei quase marca, de cabeça, a canto de César Peixoto, mas a bola sofre um ligeiro desvio para canto no corpo de um adversário.

GOLO DO BELENENSES (0-1, por Neca): Transformação exímia de um livre directo, ligeiramente sobre a esquerda, que reduziu Vítor Baía à condição de mero espectador.

Remate, muito ao lado e sem perigo, de Ludemar, depois de um contra-ataque rápido conduzido pelos pés de Verona.

Cartão amarelo a Carlos Fernandes (Belenenses), a castigar falta sobre Capucho.

Capucho, sem marcação, cabeceia ao lado, já no interior da área, a livre cobrado na direita por César Peixoto, em jeito de cruzamento.

Começa a partida nas Antas. Sai o Belenenses a jogar.

É prestado um minuto de silêncio em homenagem a Fernando Gouveia da Veiga, antigo dirigente do Belenenses, falecido esta semana.

Grande entusiasmo e colorido à entrada das equipas no relvado. Bandeiras, todas azuis e brancas, papéis e fumos. A festa vai começar.

A cinco minutos do iníco da partida e ainda com muita gente a entrar, o Estádio das Antas está praticamente cheio, se exceptuado o espaço reservado aos adeptos do Belenenses.

Com o estádio apresenta já uma moldura humana invejável, quando o sistema de rega do relvado é accionado. Faltam pouco mais de 15 minutos para começar a partida.

Pedro Proença, de Lisboa, dirige a partida.

BELENENSES - Marco Aurélio; Orestes, Wilson, Filgueira e Carlos Fernandes; Marco Paulo e Tuck; Verona, Neca e Eduardo Marques; Ludemar. Suplentes: Luís Ferreira, Bruno Fernandes, Antchouet, Fajardo, Rui Duarte, Rui Borges e Rogério.

F.C. PORTO - Vítor Baía; Paulo Ferreira, Jorge Costa, Pedro Emanuel e Nuno Valente; Maniche, Costinha e Derlei; Capucho, Hélder Postiga e César Peixoto. Suplentes: Nuno, Ricardo Carvalho, Ricardo Costa, Jankauskas, Paulinho Santos, Cândido Costa e Clayton.

Grande euforia nas Antas. À chegada do autocarro, agitaram-se cachecóis e afinaram-se gargantas, quando o veículo percorria ainda as ruas nas imediações do estádio, onde a agitação faz adivinhar uma «boa casa», que ontem era estimada numa assistência composta por cerca de 40 mil adeptos.

A confirmar-se a titularidade, mais do que provável ao lado de Jorge Costa, Pedro Emanuel cumprirá hoje o seu 150º jogo na I Liga. O central só não chegou às Antas com tal pormenor impresso no cartão de visita, porque a acumulação do décimo «amarelo» na penúltima jornada da época passada, na Luz, o impediu de defrontar o Setúbal e despedir-se, conforme merecia, dos adeptos do Boavista.

A Marinho Peres o problema apresenta-se pela direita. Com Neto há muito lesionado, o brasileiro estuda soluções para a posição de lateral, onde Marco Paulo alinhou nos jogos da Taça Intertoto. Mais recentemente, o treinador adaptou Fajardo à posição e, ontem mesmo, Orestes. Sousa poderia até resolver com extrema facilidade o quebra-cabeças de «seu» Marinho, mas o facto de ter sido cedido, no decorrer da semana, pelo F.C. Porto elimina-o do leque de soluções.

Chegar na quinta-feira ao Restelo e cumprir apenas quatro treinos foi o suficiente para convencer Marinho Peres. Antchouet, contratado ao Leixões, foi convocado para as Antas e, jogando, estreia-se na I Liga, uns meses mais tarde da disputa da final da Taça e uns dias depois de ter alinhado na Supertaça e na primeira mão da ronda de acesso à Taça UEFA, ainda com a camisola do surpreendente clube da II Divisão B. E marcou nos dois últimos jogos...

Capucho foi castigado com um jogo de suspensão, depois de expulso frente ao Braga, no dia 14, em encontro amigável da Taça Ibérica, por, alegadamente, ter agredido Zé Roberto, que assumiu prontamente a encenação. A confissão do brasileiro de nada valeu ao ala portista.

Os problemas do F.C. Porto e de José Mourinho para o jogo com o Belenenses prometeram agudizar-se na confirmação da suspensão de Capucho pelo Conselho de Disciplina da Federação, mas o facto de o castigo só ser comunicado ao clube na segunda-feira permite-lhe jogar esta tarde, proibindo-o, em compensação de defrontar o Boavista, no Bessa, na segunda jornada.

Clayton e Paulinho, cujos processos de recuperação sofreram uma acentuada aceleração no decorrer da semana, carecem ainda de ritmo competitivo, mas Mourinho não os dispensou da convocatória, argumentando que ambos têm minutos para lhe dar. A verdade é que, depois de excluídos dois dos quatro guarda-redes do plantel (Hilário e Paulo Santos), ao treinador restava apenas escolher uma de duas hipóteses para compor uma lista de 18 convocados: ou chamava Clayton e Paulinho, como realmente fez, ou recorria à equipa B.

As razões da apreensão portista são ainda mais vastas. Entre castigados e lesionados, José Mourinho vê-se privado de seis jogadores, com a agravante de dois deles serem Deco e Alenitchev, precisamente o organizador de jogo predilecto do treinador e o candidato a substituto. Às ausências dos dois artistas, acresce a indisponibilidade de Secretário, também castigado, e de Mário Silva, Bruno e Tiago, todos lesionados.

Depois do deslize do Boavista e das vitórias de Sporting e Benfica, a vez do F.C. Porto. O adversário responde pelo nome de Belenenses, cuja pronúncia é o suficiente para provocar calafrios indisfarçáveis nas Antas, onde a equipa do Restelo não perde há dois anos. Na época passada retirou, inclusive, seis pontos à contabilidade portista, vencendo os dois jogos.