COMENTÁRIO: O novo treinador do F.C. Porto não podia pedir mais. Uma vitória no primeiro jogo acaba por seu um bom prenúnicio para o futuro. A equipa jogou bem, apresentou uma postura ofensiva e muita dinâmica, mas não deixou de viver algumas dificuldades nos primeiros minutos, pois o Marítimo veio às Antas para defender e tentar surpreender. A vantagem mínima é injusta, porque os portistas criaram oportunidades suficientes para alcançar um resultado mais volumoso. Ficou a ideia de que a crise terminou no F.C. Porto.

No dia em comemora o 39º aniversário, José Mourinho ouve o Estádio das Antas cantar-lhe os parabéns. Uma estreia em grande.

FINAL DO JOGO.

Livre de Alenitchev na direita, Pena cabeceia ao poste e Pena marca, mas está em fora de jogo.

O Marítimo carrega nos instantes finais. Sabry desmarca-se na esquerda, centra com perigo para a área e só o corte de Ricardo Costa evita o golo.

O árbitro concede dois minutos de desconto.

Segundo cartão amarelo a Ezequias (Marítimo), por pisar Alenitchev. O jogador madeirense vê dois amarelos em dois minutos e é expulso.

Cartão amarelo a Ezequias (Marítimo), por falta já no sector defensivo da sua equipa.

Cruzamento de Rubens Júnior, com Pena a cabecear ao lado.

Cartao amarelo a Costinha (F.C. Porto), por falta sobre Lino.

Substituição no F.C. Porto. Sai Clayton, entra Rubens Júnior.

Substituição no F.C. Porto. Sai Clayton, entra Rubens Júnior.

Jogada de entendimento entre Clayton e Capucho, com este último a isolar-se e só com Gilmar pela frente passa a bola ao guarda-redes. Perdida incrível.

Canto de Alenitchev e Ricardo Costa envia à barra.

Substituição no F.C. Porto. Sai Hélder Postiga, entra Pena.

Substituição no F.C. Porto. Sai Hélder Postiga, entra Pena.

Livre de Paredes à entrada da área, mas a bola sai um pouco ao lado.

Substituição no F.C. Porto. Sai Pavlin, entra Costinha. O esloveno é muito aplaudido.

Substituição no F.C. Porto. Sai Pavlin, entra Costinha. O esloveno é muito aplaudido.

GOLO DO MARÍTIMO (2-1, Alan). Lance confuso na área portista, com os defesas a não cortarem a bola, deixando Alan totalmente liberto na pequena área. O avançado só teve que empurrar para a baliza.

Cartão amarelo a Pavlin (F.C. Porto), por falta junto à área portista.

Estão 21427 pessoas no Estádio das Antas.

O Marítimo aparece na segunda-parte com três mudanças que tornam a equipa um pouco mais ofensiva.

Recomeça o encontro.

Substituição no Marítimo. Sai Gaúcho, entra Arriola.

Substituição no Marítimo. Sai Gaúcho, entra Arriola.

Substituição no Marítimo. Sai Briguel, entra Eusébio.

Substituição no Marítimo. Sai Briguel, entra Eusébio.

Substituição no Marítimo. Sai Albertino, entra Lino

Substituição no Marítimo. Sai Albertino, entra Lino

COMENTÁRIO: O F.C. Porto merece estar a ganhar ao intervalo, porque foi a única equipa que procurou o golo. Embora a vantagem tenha surgido num auto-golo de Briguel, a equipa de José Mourinho apresentou uma postura agrassiva e dinâmica, que acabou por dar os seus frutos. Hélder Postiga fechou a primeira parte com um golo espectacular, que vem dar uma nova esperança aos adeptos portistas.

Mal termina a primeira parte, Pavlin vai abraçar José Mourinho e ambos trocam algumas impressões. Mais uma imagem do que mudou com a troca de treinador.

INTERVALO

GOLO DO F.C. PORTO (2-0, Hélder Postiga). Uma jogada espectacular e um golo de antologia. A bola é recuperada a meio-campo por Paredes, passa por Alentichev e Capucho e vai ter a Hélder Postiga. O avançado dá a sensação, por momentos, de perder o controlo do lance, mas aproveitar para fintar três defesas do Marítimo e rematar muito bem colocado à baliza de Gilmar.

Pavlin falha a marcação do penalty, enviando a bola ao poste. O F.C. Porto continua sem marcar golo de grande penalidade.

Cartão amarelo a Briguel (Marítimo), por cometer grande penalidade.

Briguel agarra Pavlin dentro da área e o árbitro não tem dúvidas em assinalar grande penalidade

Albertino perde a bola a meio-campo para Clayton, que de imediato coloca em Hélder Postiga. O ponta-de-lança ganha na velocidade ao central adversário, estica o pé, e faz a bola passar um pouco ao lado da baliza de Gilmar.

Cartão amarelo a Gaúcho (Marítimo), por protestar com o árbitro.

Jogo muito movimentado, com intensas trocas de bola nomeadamente entre os jogadores do F.C. Porto, mas as oportunidades de golo são escassas. O Marítimo está a defender muito bem.

GOLO DO F.C. PORTO (1-0, Briguel, na própria baliza) Cruzamento de Clayton para a área, Alenitchev tenta cabecear, mas Briguel antecipa-se e marca um grande golo, mas na própria baliza.

Cmbinação entre Capucho e Hélder Postiga, com esta último, já em ângulo apertado, a rematar ao lado.

Um lance rápido do F.C. Porto, passando pelos pés de Alenitchev e Clayton, mas a esbarrar nos pés de um jogador do Marítimo, que corta para canto. Os portistas começam a criar mais perigo.

O Marítimo defende muito bem, começando a pressionar logo à entrada do meio campo, o que cria muitas dificuldades ao F.C. Porto.

Canto de Alenitchev na esquerda e desvio de Pavlin com o pé esquerda, mas a bola passa um pouco ao lado.

Início do jogo, sai o F.C. Porto com a bola.

Mourinho mostra toda a sua crença quando entra em campo. Antes de entrar no relvado benzeu-se exactamente ao mesmo tempo que Reinaldo Teles. Já com os pés no relvado, beija dois crucifixos que segura nas mãos. No banco, volta a benzer-se.

Muita gente nas bancadas. A troca de treinador começa a mexer, pelo menos com os adeptos, que ganham um novo entusiasmo.

Mourinho entra pela primeira vez no relvado principal do Estádio das Antas para orientar a equipa do F.C. Porto.

Tommy Soderberg, seleccioador sueco, já está nas Antas para seguir o jogo e, em particular, Soderstrom, que actuará adaptado a lateral-esquerdo.

Carlos Xistra, de Castelo Branco, dirige a partida.

MARÍTIMO - Gilmar; Albertino, Ezequias, Fernando e Briguel; Chinguila, Fábio e Sabry; Alan, Gaúcho e Kenedy. Suplentes: Nélson, Fernando Ornelas, Eusébio, Lino, Arriola, Márcio Abreu e Richardson.

F.C. PORTO - Vítor Baía; Secretário, Ricardo Costa, Jorge Andrade e Soderstrom; Paredes; Pavlin e Alenitchev; Capucho, Hélder Postiga e Clayton. Suplentes: Paulo Santos, Costinha, Rubens Júnior, Ibarra, Paulinho, Pena e Pedro Oliveira.

Confirma-se. Pavlin será titular, substituindo Deco, castigado. Clayton surge no lugar de Costinha e Postiga ocupa o lugar de Pena. Paredes é o único médio defensivo.

No Marítimo há, também, alterações garantidas. Possivelmente, mais profundas, o que não deverá ser interpretado, necessariamente, como sinal de arrojo, porque castigos e lesões levaram nove jogadores a Nelo Vingada. Bruno, Quim, Van Der Gaag, Danny, Jorge Soares, Paulo Sérgio, Joel, Zeca e Luís Olim, quase todos titulares, compõem o grupo de ausentes.

Deco, por castigo, e Mário Silva, Ricardo Carvalho e Nélson, por lesão, são ausências no F.C. Porto.

Na estreia pelo Benfica, no Bessa, José Mourinho introduziu profundas alterações ao onze «encarnado», fazendo de Maniche e Carlitos titulares e transformando Poborsky num médio-interior-direito. Agora, a pensar no jogo com o Marítimo e depois de recuperar Nélson à equipa B, o treinador convocou, primeira vez, o esloveno Pavlin e Pedro Oliveira, um avançado descoberto entre os «bês».

Do plantel de então, Mourinho reencontrou, na quarta-feira, apenas três sobreviventes: o mesmo Vítor Baía que, com ele, trocou as Antas por Barcelona, Secretário e Paulinho Santos.

Seis épocas mais tarde, José Mourinho regressa ao F.C. Porto, onde foi adjunto de Bobby Robson, com quem conquistou o bicampeonato, que três anos mais tarde se transformaria no «penta». Deixou as Antas no final da época de 1995/96 e partiu para Barcelona na companhia de Robson, que levaria ainda Vítor Baía para o Camp Nou.

Em dias de estreia como treinador principal, José Mourinho ainda não venceu. No Benfica, que fez dele treinador principal pela primeira vez, perdeu no Bessa, por 1-0, ao seu primeiro jogo. Como técnico da União de Leiria, empatou em Braga, sem golos, na primeira jornada desta época.

Mas há mais. Mourinho, o terceiro treinador mais jovem da história do F.C. Porto, logo atrás de José Maria Pedroto e Artur Jorge, dois dos principais responsáveis pelos feitos mais notáveis dos «dragões», completa 39 anos no dia da estreia.

Várias curiosidades direccionam atenções para as Antas, ainda que a estreia de Mourinho e as expectativas geradas em redor da reacção portista à «chicotada» que atingiu Octávio justifiquem, só por si, a concentração de interesse.