O exemplo veio do desporto, uma vez mais. Enquanto Coreia do Norte e Coreia do Sul trocam tiros na fronteira que as separa, os Jogos Asiáticos proporcionaram a única batalha admissível entre estes dois países.

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Foram quatro minutos de Luta Livre antecipados por um cordial aperto de mão. Os dois lutadores estiveram quase sempre abraçados, num cenário normal da modalidade, mas que aqui adquiriu outro simbolismo. Como que a mostrar que a convivência é possível.

O norte-coreano Yang Chun Song venceu por 3-0, neste duelo da categoria de -66kg, mas o sul-coreano Kim Dai-sung merece, em igual medida, o protagonismo deste momento exemplar. O respeito mútuo acompanhou o combate até ao fim, altura em que os protagonistas deram um pequeno abraço e cumprimentaram os treinadores adversários.

Os recentes atritos entre as duas Coreias motivaram receios na organização dos Jogos Asiáticos, mas os atletas mostraram que o desportivismo está acima dos interesses políticos. Já assim tinha sido na terça-feira, quando a a sul-coreana Yun Ok-hee e a norte-coreana Kwon Un Sil partilharamo pódio do tiro com arco feminino, sendo que a primeira, de ouro ao peito, dei uma palmada amigável nas costas da terceira classificada.