A Coreia do Norte vai enviar uma delegação aos Jogos Olímpicos de Inverno, que se realizam em PyeongChang, na Coreia do Sul. Além de atletas, a delegação inclui jornalistas e apoiantes norte-coreanos.

O anúncio de Pyongyang foi feito durante a reunião de alto nível entre as duas Coreias, a primeira desde dezembro de 2015, que decorre em Panmunjom, aldeia fronteiriça onde foi assinado o armistício da Guerra da Coreia (1950-53).

«A parte norte-coreana propôs enviar uma delegação de alto nível», declarou o ministro-adjunto da Unificação da Coreia do Sul, Chun Hae-Sung, aos jornalistas.

Segundo o ministro sul-coreano, além de representantes do regime, a Coreia do Norte vai também enviar atletas aos Jogos Olímpicos de Inverno, bem como apoiantes, jornalistas e uma equipa de taekwondo para realizar exibições durante o evento.

Os patinadores artísticos Ryom Tae-ok e Kim Ju-ik são os únicos dois atletas norte-coreanos qualificados para os Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, apesar de o Comité Olímpico Internacional ter afirmado que outros poderiam participar mediante convite.

A participação da Coreia do Norte nos Jogos Olímpicos de Inverno que arrancam em 09 de fevereiro poderia aliviar a tensão na península, depois de 2017 se ter assistido ao lançamento de três ensaios nucleares e de múltiplos mísseis balísticos por parte da Coreia do Norte, e à retórica bélica do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem trocado insultos pessoais e ameaças de guerra com Kim Jong-un.

Por seu lado, a Coreia do Sul propôs a realização, em meados de fevereiro, coincidindo com as festividades do Ano Novo Lunar, uma reunião das famílias coreanas separadas, mas a Coreia do Norte ainda não se pronunciou relativamente a esse assunto.

Milhões de pessoas foram separadas durante a Guerra da Coreia, sendo que a maioria morreu sem ter tido a oportunidade de voltar a ver familiares próximos, uma vez que estão interditas comunicações transfronteiriças, troca de cartas ou chamadas telefónicas.