O judoca egípcio Islam El Shehaby foi enviado de volta dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e recebeu uma «reprimenda severa» do Comité Olímpico Internacional por se ter recusado a cumprimentar o adversário, o israelita Or Sasson, que o derrotou por ippon.
Além de ter deixado o adversário de mão estendida, e ter recusado, com a cabeça o cumprimento, Islam El Shehaby esperou que o atleta israelita deixasse a área de competição para voltar e fazer o cumprimento final sob um olhar de reprovação do árbitro.
Egyptian judoka Islam El Shehaby loses to Israeli Or Sasson, refuses to shake hands in a major breach of etiquette. pic.twitter.com/kOU1oAd5YW
— Zaid Benjamin (@zaidbenjamin) August 12, 2016
A atitude, que foi de imediato criticada pelos espectadores presentes, e depois correu mundo, foi uma posição política por causa da situação no Médio Oriente.
El Shehaby, que é um muçulmano salafita, ultraconservador, disse logo após o sucedido que a decisão de não cumprimentar «foi uma ação pessoal» e que tinha «sido avisado antes do combate para obedecer às regras e mostrar espirito desportivo com o judoca israelita».
Mas o Comité Olímpico criou uma comissão disciplinar para investigar o incidente e concluiu que a conduta do egípcio é «contrária às regras do fair play e viola o espírito de amizade que os valores olímpicos incorporam».
O COI disse ainda que «condena veementemente» as ações de El Shehaby e, por isso, o enviou de volta para casa. Além disso, pediu ao Comité Olímpico do Egipto que garantisse que «os atletas recebem a educação apropriada sobre os valores olímpicos antes de estarem presentes numas olimpíadas».