Jorge Jesus considera que a chamada de atenção de Vítor Pereira para os «bloqueios» do Benfica no final do último clássico no Estádio da Luz não passa de uma «estratégia» para condicionar os árbitros. O treinador defende que os «bloqueios» fazem apenas parte do vocabulário do basquetebol e que o grande prejudicado nos lances de bola parada é Benfica.

Vítor Pereira: «Benfica faz sempre falta nas bolas paradas»

«O treinador do Porto falou nisso depois do jogo, como estratégia. Já tivemos isso no passado. Antigamente era o Aimar que se atirava para a piscina, assim como o Saviola. Com isso já fomos penalizados em Coimbra. Agora a ideia é a mesma. No futebol não há bloqueios. Não existe essa palavra nas leis do jogo. Foi uma forma de alertar para a qualidade das bolas paradas do Benfica, e para a forma como agarram e puxam, nomeadamente os nossos centrais», começou por destacar na antevisão do jogo com o Olhanense.

Gaspar desmente Jesus: «Treinávamos bloqueios no Belenenses»

O treinador defende ainda que no futebol não há bloqueios e, se há alguém prejudicado nestas situações, é o Benfica. «Os jogadores agarram-se uns aos outros, mas o grande prejudicado tem sido o Benfica, agarram sempre o Luisão. No segundo golo, o Luisão está a ser agarrado por dois jogadores, embora não entre na jogada. É para chamar a atenção para o nosso poder nas bolas paradas, mas os grandes prejudicados somos nós. Não trabalhamos bloqueios. Isso é no basquetebol. Mas digo aos meus jogadores que, se estão agarrados, têm de arranjar maneira de não ser. A estratégia já está gasta», prosseguiu.

Olhanense preparado para os «bloqueios» do Benfica

Para o treinador do Benfica, as declarações de Vítor Pereira têm apenas por objetivo condicionar o trabalho dos árbitros nos lances de bola parada. «A ideia é essa. Quero que os árbitros tenham olho naquilo que fazem ao Luisão, ao Javi e ao Jardel. Não os deixam entrar em zonas que temos trabalhadas, para a bola parada. Gostava que os árbitros estivessem atentos aos agarrões e às obstruções. Essa é a única palavra que existe no futebol, não bloqueios», referiu ainda.