Luís Miguel Henrique, advogado de Jorge Jesus e comentador da CNN Portugal, admitiu que o antigo treinador do Benfica foi alvo de abordagens do Al-Hilal e do Al-Nassr, da Arábia Saudita.

Porém, tal como Jorge Jesus tinha adiantado no Fórum de Treinadores, o regresso ao ativo não deverá acontecer antes de maio: «Falei com o Jorge uns minutos antes de entrar aqui em estúdio. Já tinha falado de manhã, mas às vezes durante o dia muita coisa acontece.»

«Não é verdade que haja algum contrato assinado, até porque não é de agora. As abordagens do Al-Nassr e do próprio Al-Hilal foram feitas logo em janeiro e foram negadas pelo Jorge. A imagem do Jorge é extremamente positiva na Arábia Saudita e, embora a rivalidade entre o Al-Nassr e o Al-Hilal não seja tão forte, porque a cultura lá é diferente, seria sempre ir para um rival», explicou Luís Miguel, a propósito do Al-Nassr.

O técnico português teve ainda a possibilidade de regressar ao Al-Hilal, mas fechou a porta: «No caso do Al-Hilal, foram os próprios jogadores que tentaram falar com o presidente quando souberam que o Jorge estava fora do Benfica e quando se soube também que o Leonardo Jardim não ficava. Mas ele não quis ir.»

«Até maio, vai esperar. No princípio da próxima época, vai decidir a sua vida. A breve prazo vai estar a trabalhar, porque 60/90 dias é a breve prazo na vida de um treinador», salientou Luís Miguel Henrique, acrescentando: «Nestes últimos 60 dias, às abordagens da Arábia Saudita, de outros países europeus, do Brasil, a resposta tem sido sempre a mesma: ‘vou esperar até maio e em maio decidirei’».

Recorde-se que, no momento da saída do Benfica (em dezembro de 2021), o clube encarnado explicou que iria cumprir «com todas as obrigações contratuais até ao término do vínculo laboral existente ou até que Jorge Jesus e a sua equipa técnica assumam novo compromisso profissional». Jesus tinha contrato com o Benfica até ao final da presente temporada.

O advogado de Jorge Jesus e comentador da CNN Portugal recordou ainda um aspeto extremamente importante: a questão fiscal. «A decisão de ir para a Arábia Saudita tem outra implicação: é a perda de alguma flexibilidade em relação à gestão da sua vida», disse.

«Ele já teve essa experiência no passado, Não tivemos uma conversa sobre isso, mas se algum dia isto for sério, vamos ter que pensar que se emigrar este ano, só pode regressar a Portugal em janeiro de 2024. Ele está disponível para esse passo? Por que senão, estes montantes de que se fala não serão nem metade disso», concluiu Luís Miguel Henrique.