Jorge Jesus considera que a paragem no campeonato teve um lado positivo, uma vez que permitiu acelerar a recuperação de Fábio Coentrão e Doumbia, mas por outro lado lamenta a quebra na constante relação que mantém com os jogadores.

«É um pouco subjetivo. Se tiveres muito lesionados, é bom parar para os recuperar. O Sporting tinha o Doumbia e o Fábio [Coentrão], só por aí é que nos pode ter beneficiado. Quanto ao resto não nos beneficiou em nada», destacou.

O «resto» que o treinador refere é o facto de boa parte do plantel estar afastado demasiado tempo das rotinas do clube. «Na minha opinião afeta sempre. São jogadores que estão fora do teu treinamento habitual, do teu clube, onde todos os dias vais passando coisas aos jogadores e vamos evoluindo. Quando vão para as seleções, passam a ter outros treinos», acrescentou.

Apesar das desvantagens, o treinador não deixa de reconhecer que as seleções acabam por ser uma promoção para os jogadores. «Traz sempre desvantagens, mas faz parte do que é a calendarização nacional. Também faz parte os jogadores serem selecionados pelos seus países, o que também é uma promoção. Felizmente o Sporting tem muitos, só para Portugal foram quatro. Já agora, parabéns Portugal, parabéns Fernando [Santos], parabéns a todos os jogadores. Como campeões europeus vamos mostrar toda a nossa qualidade», referiu ainda.

A seguir ao jogo com o Oleiros, o Sporting vai a Turim defrontar a Juventus. Jesus não teme que haja falta de motivação para o primeiro jogo. «Não, os jogadores têm de olhar para competição em si, com a responsabilidade de serem jogadores do Sporting. Temos a responsabilidade de sairmos vencedores. A Taça é uma competição com muitas responsabilidades, o treinador não olha para o nome do adversário, olha para a competição. Com mais ou menos dificuldades, com mais ou menos bolas pelo ar, temos de nos adaptar ao jogo. Ganhar em Oleiros será normalíssimo, mas se não sairmos de lá com a vitória….a diferença está aí», comentou ainda.