José Mota foi a primeira «chicotada» da época 2013/14, a 7 de outubro. Seguiram-se Abel Xavier, no Olhanense, e Costinha, no Paços de Ferreira, os dois no mesmo dia e por motivos diferentes. Ora, para o lugar do primeiro tinha entrado Paulo Alves, que deixou os algarvios e cedeu o lugar ao italiano Giuseppe Galderisi. Seguiram-se Henrique Calisto e Jesualdo Ferreira e, nesta quarta-feira, Paulo Fonseca. Pelo meio, há ainda a mudança de treinador no Belenenses, com Van der Gaag a dar o lugar a Marco Paulo.

Mota tinha deixado Bonfim depois de quatro jogos consecutivos sem vencer, em que os sadinos somaram duas derrotas e dois empates. O V. Setúbal era penúltimo, com os mesmos pontos de Olhanense e Académica, e mais um do que o Paços Ferreira. Foi o segundo técnico a ter de deixar o banco de uma equipa, depois de Mitchell van der Gaag, no Belenenses, ter saído para os bastidores por motivos de saúde e, mais tarde, a deixar mesmo o clube do Restelo. Em Setúbal, entrou José Couceiro.

A 29 de outubro, uma segunda-feira, despediram-se Abel Xavier e Costinha, dois antigos internacionais portugueses. O primeiro saiu depois de um triunfo frente ao Arouca, mas, segundo os algarvios, a decisão estava tomada antes, e não havia volta a dar. «Coisas do futebol, queremos melhorar os resultados e o futebol praticado», explicou o clube, pela voz do italiano Igor Campedelli.

Abel Xavier deixou Olhão com oito pontos em outros tantos jogos, no 11º lugar, mas com os mesmos pontos do 10º, o Belenenses. Venceu dois jogos, empatou outros dois e perdeu quatro. O primeiro trabalho como treinador terminou da pior forma, com apenas duas vitórias, três dias após uma conferência de imprensa que ficará registada como uma das mais estranhas da época.

No total, Abel Xavier fez os primeiros dez jogos como treinador: três vitórias, dois empates e cinco derrotas. Golos: 7-12.

O Olhanense voltou agora a trocar de técnico. Paulo Alves fez oito jogos, em todas as provas, após suceder a Abel Xavier. Não venceu nenhum. Dá o lugar a Giuseppe Galderisi

Voltando a outubro, a situação de Costinha era bem mais difícil. O Paços era último com quatro pontos. Venceu um jogo, empatou outro e perdeu seis. Resistiu algumas semanas à insatisfação dos adeptos. Até que Caiu.

Na carreira de Costinha como treinador, foi a segunda etapa.

Na primeira, em 2012/13, assumiu o Beira Mar, mas foi incapaz de evitar a descida de divisão

Na segunda entrou de início e teve a oportunidade de dirigir uma equipa apurada para o play-off da Liga dos Campeões.

Tudo somado, Costinha fez esta segunda-feira o 25º jogo como treinador. Os números não são animadores: quatro vitórias, quatro empates e 17 derrotas. Em golos, 27 marcados e 49 sofridos.

Henrique Calisto voltou ao Paços para assumir o comando técnico da equipa. Mas também ele saiu a 24 de fevereiro. Curiosamente, o mesmo dia em que Jesualdo Ferreira deixou o Sp. Braga. Na Mata Real entrou Jorge Costa, ao MInho chegou Jorge Paixão.

Agora, foi a vez de Paulo Fonseca. O treinador que Pinto da Costa escolheu para tentar chegar ao tetra saiu nesta quarta-feira e deu o lugar a Luís Castro, que estava a treinar a equipa B do clube.