José Mourinho, treinador do Chelsea, reconheceu que o F.C. Porto foi mais ofensivo no embate entre as duas formações, no Estádio do Dragão. O técnico português mostrou-se satisfeito com a igualdade, face aos problemas físicos que foram condicionando a sua equipa:
«É um resultado que me deixa contente, pelas circunstâncias do jogo. Chegámos aqui com 0-0 e saímos com 1-1. É sempre um resultado positivo, nas competições europeias. Perder um central aos 5 minutos, sem ter outro no banco, faz com que se tenha de mudar a estrutura da equipa. Entrou o Robben, que também se lesionou. Foi um Chelsea que se foi debilitando, forçando-nos a ser pragmáticos e realistas. Fomos defendendo, num jogo sem grande oportunidades, à parte das bolas no poste de Quaresma e Drogba. Jogo de grande nível, mas sem grande beleza. A análise que Jesualdo Ferreira fez é correcta. O F.C. Porto tentou ganhar, e o Chelsea foi pragmático. O Chelsea estava debilitado. Disse ao intervalo que, se não sofrermos mais golos, levaríamos sempre um resultado positivo para Inglaterra. Isso era crucial. Tivemos um par de oportunidades para ganhar, mas acho que seria profundamente injusto. Shevchenko foi brilhante, marcou um golo crucial para nós e esteve muito bem. O seu esforço para ser um jogador de equipa é espantoso.»
Sobre as possibilidades do Chelsea na Champions: «Neste momento, olhamos para os resultados e percebemos que nenhuma equipa pode dizer que já está nos quartos-de-final, a não ser, se calhar, o Manchester United, frente ao Lille. Tudo está em aberto. Esperava que o Chelsea fizesse um jogo melhor aqui, que fizesse um futebol mais ofensivo, mas face às circunstâncias, penso que adoptámos a melhor estratégia. Não digo que vamos vencer o F.C. Porto em Inglaterra com cento por cento de certeza, mas estou muito confiante.»
Sobre as lesões: «Terry tem um problema de ligamentos no tornozelo. Não temos o Bouhlarouz e não temos o Terry. Só temos o Ricardo. Penso que o Essien é um dos jogadores em melhor forma no Chelsea. Estou calmo, porque já me estou a habituar. Todas as semanas perdemos um jogador. É incrível. Penso que a lesão de Robben teve a ver com o facto de ele ter entrado em campo sem aquecer. Ao intervalo, ele disse-me que se calhar ainda podia continuar, mas eu prefiro não arriscar. Penso que não é nada de grave. Esta manhã, ainda por cima, pensei que o Lampard não ia jogar, porque estava com febre. Foi profissional e aguentou. Estamos a sobreviver. Não podemos chorar. Vamos jogar com o Arsenal com Ricardo Carvalho e Essien, não há nada a fazer.»