O Al Ahly continua interessado em ter um treinador português a liderar a equipa. Consumado o fim da ligação a Manuel José, que assumiu a selecção de Angola, o clube egípcio continua virado para o mercado luso. Nelo Vingada foi a primeira hipótese, mas um desacordo de verbas e questões familiares do técnico impossibilitaram um acordo. O convite foi então reencaminhado para José Romão.
O técnico assume o convite, mas garante que ainda não tomou qualquer decisão. «Aquilo que disse ao Ahly é que não era tempo para decisões. Se eles quiserem esperar vamos ver. Cheguei agora a Portugal. Quero desfrutar de alguns dias aqui, com a família, e depois irei decidir», disse José Romão, que adiantou ainda ter recusado convites do Dubai, Arábia Saudita e Koweit.
O antigo seleccionador de sub-21 assume que «gostava de ter desafios em Portugal», mas que seria preciso que esses fossem «proporcionais à ambição». José Romão foi campeão marroquino com o Raja Casablanca, clube que agora parece querer contratar Jaime Pacheco. Ambos os técnicos marcam presença no seminário de pós-graduação de técnicos com o IV Nível «UEFA PRO», e Romão revelou mesmo que já conversaram sobre o assunto.
O assédio do Al Ahly e do Raja Casablanca atesta a fama que os técnicos lusos adquiriram no estrangeiro. Romão fala mesmo em «orgulho por ser um treinador que fala português». «O treinador português é um treinador de todos os países. Quando agarra as oportunidade e quanto tem o privilégio de desenvolver o trabalho, fá-lo com sucesso e ganha títulos», sustenta.