Apresentado pela CBF como o grande motivo para a realização do amistoso entre Brasil e Bolívia, em Santa Cruz de la Sierra, Kevin Espada, o jovem boliviano morto tragicamente num jogo em Oruro, para a Libertadores, frente ao Corinthians, foi ignorado antes do início do confronto.

A única homenagem que antecedeu o jogo, no entanto, foi aos campeões da Copa América de 1963, maior título da história do futebol boliviano que completa 50 anos.

Supostamente, a receita desta partida seria para ajudar a família da vítima. Mas ainda antes do encontro, já havia dúvidas sobre que destino a CBF iria dar ao dinheiro arrecadado.

Nos últimos dias, a questão tornou-se mais complicada. A Federação Boliviana revelou que só definirá como vai repartir a renda do jogo depois que ele acontecer. Além da família, os ex-jogadores também receberão parte da bilheteira, apesar de as percentagens não terem sido definidas.

A maneira como o caso foi conduzido, porém, irritou o pai de Kevin, Limbert Beltrán. No meio da semana, ele protestou por não ter sido sequer convidado oficialmente para a partida. Acabou por ir a Santa Cruz de la Sierra, mas decidiu não comparecer no estádio.