O presidente da SAD do Belenenses diz que vai investigar as contas do clube para ver se «batem certo» no que diz respeito à transferência de Júlio César para o Benfica. A Polícia Judiciária (PJ) esteve na Luz, ao que explicou o clube «encarnado», por causa do negócio pelo guarda-redes brasileiro.

«Vamos ver o que está refletido nas contas, o que consta na contabilidade de clube e ver se as coisas batem certo», disse António Soares em declarações à Lusa, revelando que a PJ esteve no Restelo antes da entrada da actual administração, mas que a SAD não foi contactada pelas autoridades desde que assumiu a presidência.

«Honestamente não sei o que vieram fazer. Estamos no clube desde o dia 03 de julho do ano passado e tudo isso foi anterior. Não sei pormenores, não sei quando vieram ou o que levaram. Apenas sei que estiveram cá», prosseguiu, garantindo não ter conhecimento de pormenores da transferência de Júlio César, no Verão de 2009: «Não faço a mais pequena ideia de como as coisas se processaram.»

Viana de Carvalho, presidente do clube na altura da transferência, já admitiu entretanto nesta quinta-feira, em declarações à TVI, que o valor do negócio foi um milhão de euros e que o Belenenses não detinha a totalidade do passe.

«Tivemos que dividir a verba. Chegámos também a um acordo com o investidor, que acompanhou as negociações, naturalmente, porque era parte interessada», afirma, defendendo a transparência do processo: «Foi tudo pacífico. Foi tudo muito claro. Se bem me lembro foi tudo pago por letra, Foi um processo pacífico e está perfeitamente documentado. Não vejo razão para levantar suspeitas e falar outra vez sobre isso, que já tinha sido falado.»