Jürgen Klopp é isto...
 


...E também isto...



…E, se se quiser ver mais em pormenor, também tudo isto.

Um dos factos desta quarta-feira, o anúncio feito do modo mais formal possível da saída de Jürgen Klopp do Borussia Dortmund no final da época, é só metade da notícia que o relata. A outra metade está no anúncio do seu próximo clube.

O treinador alemão assumiu ter tomado «a decisão certa». Mas assumiu também que não deixa Dortmund para ficar parado: «Não é que esteja cansado. Não tive contactos com qualquer outro clube, mas não tenho intenções de fazer um período sabático.»

A segunda metade da notícia é a que ganha dimensão, quer na propagação de destinos avançados para Klopp, quer na importância dos emblemas com que passa a ser relacionado.

Gary Lineker escreveu isto,
 



Depois de ter escrito isto:
 



A gargalhada deveu-se à esperança confessada do apresentador Piers Morgan: «Klopp seria o nosso Mourinho. Arsenal, chegou o momento – ajam.»

Inglaterra dominou maioritariamente no futuro avançado para o ainda treinador do Dortmund. E se o Arsenal é um dos destinos equacionados como prováveis, o Manchester City ganha na quantidade de citações, apoiadas, claro está, na desilusão competitiva que carateriza a equipa orientada por Manuel Pellegrini nesta época.

O ainda campeão inglês em título luta no presente por conseguir um lugar de acesso à Liga dos Campeões quando o líder da Premiership Chelsea já está a 12 pontos de distância (que podem ser 14). O atual quarto posto na Premiership apenas dá a pré-eliminatória da Champions e se o terceiro lugar do Machester United ainda está ao alcance do City, o quinto colocado Liverpool também é uma ameaça: os «citizens» estão a uma distância de quatro pontos de cada um.

As duas derrotas seguidas na liga inglesa que deixaram a equipa de Pellegrini nesta posição – menos de um mês depois da eliminação nos oitavos de final da Liga dos Campeões pelo Barcelona – deixaram o City na perspetiva de apenas já só lutar por objetivos mínimos cujo falhanço tomarão forma de catástrofe.

A «Sky» noticiou logo nesta quarta-feira, de acordo com fontes
suas, que «o Manchester City não pretende ter Jürgen Klopp como próximo treinador». Mas não o diz sem acentuar que o clube do xeique Mansour vai aproveitar o próximo defeso para «renovar o plantel...

Não obstante o que ainda não foi anunciado, a hipótese City
, como se disse (e à parte todo o humor associado), está a ganhar aos pontos, de longe:
 




Klopp é o treinador que fez renascer o Dortund numa Alemanha dominada pelo Bayer Munique, para quem perdeu uma final da Liga dos Campeões, mas a quem conseguiu ganhar dois campeonatos consecutivos.

O futebol de ataque, simples, vistoso, que colocou o Dortmund deste treinador com uma imagem extremamente apelativa entre os mais fortes da Europa fez-se notar. A tal ponto que o Bayern levou-lhe duas das maiores estrelas da companhia: Götze e Lewandowski.

Marco Reus, pelo seu lado, também já esteve quase para sair... Gundogan e Hummels também são alvos apetecíveis.

«Escolho esta altura para fazer o anúncio porque nos últimos anos algumas decisões sobre jogadores aconteceram tarde e não foi possível reagir», disse Klopp nesta quarta-feira.

É o fechar do ciclo com o Borussia na 10ª posição da Bundesliga na presente temporada.



Capaz de agarrar numa equipa de um clube estruturado e colocá-la entre as melhores é algo que Klopp mostrou ser capaz e que dá sentido a quem o aponta ao Arsenal. Mas Arsène Wenger está nos «gunners» sem ganhar um campeonato desde 2004.

E a duração do contrato pode dar indicações inversas, tanto termina (já) em 2017 como foi prolongado (já) em maio do ano passado. O Arsenal vai-.se aguentando nesta época e, além de ser a equipa que mais tem a dizer sobre a vida do líder Chelsea (que ainda defronta), o vice-comandante da Premiership está no caminho para chegar a Wembley e jogar a Taça de Inglaterra.

Para um treinador do momento, apetecível para muitos, mas apontado apenas aos que podem, vão-se avançado mais duas hipóteses, de novo divididas entre um histórico com dinheiro e um endinheirado que quer fazer história: respetivamente, Real Madrid e Paris Saint-Germain.

Uma saída precoce da Champions neste ano (em que já se jogam os quartos de final) e novo ano sem título de campeão podem enfraquecer a posição de Carlo Ancelotti. Mas, por enquanto, o treinador italiano é o campeão europeu que deu a décima ao Real Madrid.

Em França, o PSG ainda pode conseguir melhor do que na época anterior, se ultrapassar o Lyon e fizer o bicampeonato, e se vencer a Taça. Mas, na Champions, depois de derrota em casa com o Barcelona nesta quarta-feira, o destino parece ser o mesmo da última temporada. É o que Laurent Blanc terá para justificar perante Nasser al-Khelaïfi.