O Tribunal da Relação de Lisboa considera que o Benfica pode recorrer da suspensão do processo judicial em que Rui Pinto é suspeito de aceder ao sistema informático e de divulgar emails dos 'encarnados', confirmou à Lusa fonte ligada ao processo.

Em julho de 2020, o Ministério Público (MP) propôs, e o juiz Carlos Alexandre aceitou, a suspensão provisória de cinco processos em que Rui Pinto estava a ser investigado, relacionados com acessos indevidos a sistemas informáticos de várias entidades, entre os quais ao do Benfica, na condição de o criador do ‘Football Leaks’ continuar a colaborar com as autoridades.

Este processo suspenso teve origem numa certidão extraída do processo principal, no qual o Benfica se constituiu como assistente, conhecido como ‘caso dos emails’, em que o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, o então diretor do Porto Canal, Júlio Magalhães, e um comentador da estação televisiva estão acusados de violação de correspondência e de acesso indevido, por divulgarem conteúdos de emails do Benfica no Porto Canal.

O clube recorreu da suspensão provisória do processo, mas o juiz Carlos Alexandre rejeitou o recurso, e o Benfica recorreu ao Tribunal da Relação de Lisboa, que agora lhe deu razão e entende que pode recorrer da suspensão provisória do processo.

O Benfica pretende contestar a suspensão provisória do processo (que pode culminar no arquivamento daqui a alguns meses), por não terem sido ouvidos ou notificados sobre o mesmo, segundo noticiou esta quarta-feira o Correio da Manhã.

De acordo com o jornal, o Benfica alega que não sabia do arquivamento de um processo sobre matéria que lhe dizia respeito, depois de o Ministério Público não ter notificado o clube, por não ser assistente no processo.