O Ministério Público acusou oito dirigentes de um clube de futebol de Famalicão, dois agentes desportivos e um empresário dos crimes de angariação de mão-de-obra ilegal, auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos.

Em nota publicada esta segunda-feira no site da Procuradoria-Geral Distrital do Porto, no processo é também arguido um futebolista, acusado apenas de crime de falsificação ou contrafação de documento.

O ministério considerou indiciado que os arguidos dirigentes do clube recrutaram, de 2007 a 2014, um total de 38 jogadores estrangeiros, oriundos de países sul-americanos e africanos, sendo que estes não tinham os vistos necessários para permanecer e trabalhar em Portugal.

Nalguns casos, aqueles dirigentes terão contado com a colaboração dos tais agentes desportivos e do empresário. O objetivo seria a posterior contratação e inscrição em provas organizadas em Portugal, «sem que aqueles jogadores possuíssem autorização de residência ou visto que os habilitasse ao exercício de atividade profissional».

A respetiva inscrição fiscal ou contributiva ou não existia ou era efetuada tardiamente, noutros casos.

A nota da Procuradoria não revela o nome do clube, mas o JN, na edição desta segunda-feira, refere que se trata do Grupo Desportivo de Ribeirão, entretanto falido.