Rui Viana, de 21 anos, que jogou no Marítimo e no Câmara de Lobos e deixou o percurso no futebol no último verão, é um dos dois portugueses detidos no passado domingo na Indonésia por posse de droga, segundo a SIC Notícias avançou em reportagem na sexta-feira.

Sabe-se agora que jovem madeirense é, de acordo com o que noticia este domingo o Diário de Notícias da Madeira, filho do antigo futebolista Rui Óscar (fez carreira no FC Porto, U. Lamas, Leça, Marítimo, Boavista e Beira-Mar) e cessou a curta carreira de futebolista aos 20 anos, no verão de 2023.

Há cerca de uma semana, conforme detalha a SIC, Rui Viana - que tinha o sonho de ser piloto - terá viajado até Jacarta, na Indonésia, com dois quilos de cocaína escondidos. Acabou detido à chegada, no aeroporto. O outro detido luso tem 37 anos e ambos serão estudantes universitários. Há ainda um terceiro suspeito, mas de acordo com a reportagem da SIC, não se sabe se foi ou não detido até então.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português está a acompanhar a situação. Na quinta-feira, os dois portugueses detidos no caso de alegado tráfico de droga receberam uma visita prisional consular por parte da Embaixada de Portugal em Jacarta, confirmou à Lusa fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

«A visita prisional aos dois portugueses detidos na Indonésia já ocorreu. No âmbito da proteção consular está a ser prestada toda a colaboração com os dois detidos e respetivas famílias», indicou a mesma fonte, na quinta-feira, dando ainda conta de que os portugueses seriam presentes a Tribunal e que «a Embaixada de Portugal em Jacarta está igualmente em contacto com as autoridades indonésias».

Na Indonésia, dadas as circunstâncias, os portugueses podem enfrentar prisão perpétua ou até pena de morte por fuzilamento.

Em declarações à SIC, o presidente do Câmara de Lobos, um dos clubes que Rui Viana representou, pediu a intervenção do Estado português, para um pedido de clemência às autoridades da Indonésia. «O Rui era um miúdo normal, integrado dentro do grupo. O grupo era muito bom. Pretendia seguir a carreira militar. É sempre lamentável, um jovem com todo um futuro pela frente, naturalmente que não é uma notícia agradável. O Estado não só deveria intervir, como tem essa obrigação», disse Higino Teles.