Quem não se lembra de Sergei Kandaurov? Aquele médio ucraniano que o Benfica contratou em 1997 numa altura pouco positiva para os lados da equipa da Luz? Pois é, Maisfutebol encontrou o ex-jogador a caminho de Viena... mas não para ver o jogo do Benfica na Liga dos Campeões.
Kandaurov foi passar uma semana de férias a Portugal, país que continua a visitar mesmo depois de ter deixado definitivamente de estar ligado ao futebol português. «Estive de férias uma semana, mas agora terei de voltar porque o campeonato está prestes a começar», referiu a começar. «Gosto de Portugal, e estou sempre atrás do que faz o Benfica, das novidades. Tenho muitos amigos, gosto muito do país e de falar português», confessou.
O ex-jogador (deixou de o ser no final desta época) é agora um treinador na Ucrânia. De uma equipa da segunda divisão, é certo, mas são os primeiros passos de um jovem técnico de 34 anos, que sonha vir um dia orientar a partir do banco a sua equipa. «O Benfica ficou sempre no meu coração, é a equipa de que eu gosto», refere a determinada altura.
Numa conversa com Maisfutebol, Kandaurov faz uma análise do presente, lembra o passado, e não esconde que quer voltar no futuro. Defende Fernando Santos e a caminho da Ucrânia fica a torcer para que os encarnados façam um bom resultado esta terça-feira quando entrarem em campo no Ernst-Happel Stadion.
Sergei Kandaurov começou a sua carreira no Metalist Kharkiv, na Ucrânia, tendo depois representado o Maccabi Haifa de 1993 a 1997. Nesse Verão é contratado pelo Benfica e pela Luz permanece em quatro épocas e meia, e na última regressa ao Kharkiv.
O ucraniano abraça aos 34 anos a carreira de treinador. Conhecido pela visão de jogo a meio-campo e pelo sentido táctico, o ex-jogador do Benfica quer agora passar os conhecimentos aos mais novos.
«Sim, ainda tinha idade para continuar a jogar, mas não quero mais», começou por dizer, entre sorrisos. «Acabei a minha carreira e vou agora começar uma etapa apenas como treinador», lançou. «Fui jogador e treinador adjunto na Ucrânia na época passada, mas agora acabou. Vou ser treinador.»
Pois bem, foi o mote para o início da conversa. Para já Kandaurov quer começar de baixo. Em russo pronuncia o nome da equipa da segunda divisão que vai começar a orientar a tempo inteiro. «Não vale a pena, não conheces a equipa», diz antes de apontar o nome da formação que, confirma-se, é desconhecida. «Talvez de Portugal venha a ter alguma proposta», refere a sorrir novamente.
O diálogo é descontraído, e ainda mais divertido se torna quando lhe é perguntado se quer treinar um dia em Portugal. «Quero treinar o Benfica um dia. Claro que quero, porque não? Porque não? Quero, quero, mas vamos ver o que se passa, ainda tenho muito para aprender.»