André Almeida e Djuricic foram os dois «trunfos» lançados por Jorge Jesus no arraque da Liga dos Campeões, e tiveram participação direta na vitória confortável sobre o Anderlecht (2-0).

Cumprido o primeiro terço do jogo já o Benfica tinha apontado os dois golos, e depois foi só gerir as fichas amealhadas, perante um adversário que raramente incomodou. Em todo o caso as «águias» tiveram o mérito de encarar o jogo com respeito pela formação belga. A equipa de Jesus soube explorar as fragilidades do adversário e também anular aquele que era o seu ponto forte, o ataque.

Fejsa merece elogios pela excelente estreia a titular. A dupla com Matic promete, e foi muito importante na forma como pressionou os elementos que deveriam «alimentar» o tridente ofensivo contrário. Um trabalho que poupou trabalho ao quarteto defensivo, que também se exibiu a bom nível. Quase cinco meses (e treze jogos oficiais) depois, o Benfica conseguiu terminar um jogo sem sofrer golos. Ainda que tenha apanhado uns sustos no fim.

Sem perder tempo a estabelecer as diferenças de qualidade

Bastaram quatro minutos para a equipa portuguesa tirar proveito das debilidades defensivas do adversário e adiantar-se no marcador. Mesmo sem fazer muito por isso (quase nem houve tempo para tal). É que da tabela entre Enzo e Cardozo saiu um remate que até parecia relativamente fácil de segurar, mas Proto largou a bola e Djuricic apareceu para a recarga.

Jorge Jesus não podia pedir melhor início, ainda para mais quando o autor do golo foi uma das novidades que introduziu no «onze». O Anderlecht procurou logo reagir, sempre por Mitrovic, mas sem criar perigo.

Do outro lado Cardozo estava com vontade de mostrar serviço. O paraguaio começou por arrancar aplausos num jogada em que se esforçou por evitar um pontapé de baliza e depois entrou em estilo na área, mas depois a jogada perdeu-se. Mais tarde protagonizou dois remates (um em força e outro em arco), a lembrar ao público que «Tacuara» só tem olhos para a baliza.

À passagem da meia-hora o Benfica aumentou a vantagem, e novamente com um «trunfo» de Jesus em destaque. Foi após um passe de André Almeida que Luisão apareceu na área a finalizar, de forma acrobática.

Os sustos não impediram que fosse alcançado o «bónus»

Na segunda parte a equipa portuguesa baixou o ritmo e esperou mais pelos erros do adversário para sair com rapidez para o ataque. O jogo ficou ao jeito da velocidade de Markovic, mas o sérvio não esteve feliz nos seus «zigue-zagues». Cardozo também continuou a tentar reencontrar o caminho para os golos, e teve uma boa oportunidade aos 70 minutos, mas não conseguiu festejar.

O Benfica acabou mesmo por ficar pelos dois golos e conseguiu não sofrer nenhum, mas nos últimos minutos voltou a revelar uma estranha insegurança. O Anderlecht chegou mesmo a festejar um golo, por Kouyaté, mas o lance foi anulado por posição irregular. Artur negou depois o golo a Suárez, na sequência de um canto, mas no último lance do jogo quase comprometia o «bónus», quando saiu da área para jogar com os pés e ficou perto de ser desarmado.