A figura: Gaitán
Mais uma vez o argentino «caprichou» num jogo da Liga dos Campeões, e acabou mesmo por apontar o golo da vitória do Benfica, ao minuto 58, aproveitando um corte incompleto de Camará, após combinação entre Enzo e Maxi na direita. Na primeira parte Gaitán já tinha ficado a centímetros de um grande golo, com um remate em jeito (27m). No início da segunda parte teve outra boa ocasião para rematar, mas rematou torto após remate de Lima intercetado por Camará. Com alguma liberdade de movimentos o argentino foi sempre o elemento mais desequilibrador do ataque encarnado.

Positivo: coesão a meio-campo
Enzo também apareceu na direita como em posição mais central, mas a verdade é que, com três elementos no «miolo», este Benfica apresenta outro equilíbrio. Fejsa vale sobretudo pelo que joga sem bola, pela forma como repara os «buracos». Na segunda parte foi quase um lateral direito, por força do adiantamento de Maxi. E assim também Matic e Enzo têm outra liberdade para subir no terreno e aparecer em zonas de finalização. O argentino esteve perto de marcar logo aos 5 minutos, com um remate em jeito que obrigou Sirigu a fazer uma grande defesa, e o 21 ficou a centímetros do golo com um golpe de cabeça à passagem da meia hora.

Negativo: Markovic
O camisola 50 do Benfica fez mais uma exibição fraca, mostrando que precisa ainda de ser muito trabalho para se adaptar a um futebol muito diferente do que conhecia na Sérvia. É um avançado que gosta muito de arrancar em velocidade, com espaço, mas a este nível isso é raro, pelo que precisa melhorar outras vertentes, circular mais a bola e esperar pela altura certa para «disparar».

Outros destaques:

Maxi e Sílvio
Os dois laterais do Benfica estiveram em excelente plano, sobretudo pelo apoio que deram ao ataque. Sílvio, de regresso após lesão, começou cedo a dar nas vistas, com um remate que obrigou Sirigu a defesa apertada (7m), e depois com um belo passe para Lima, que este não aproveitou (11m). O lateral esquerdo controlou bem Lucas e conseguiu subir com frequência, tal como Maxi, que está nos principais lances de perigo do Benfica, com destaque para a combinação com Gaitán no lance em que este remata em jeito, com a bola a passar bem perto do poste (27m) e depois também a influência no golo da vitória, apontado precisamente por Gaitán.

Rabiot
O jovem médio do PSG soube aproveitar a oportunidade para conquistar mais uns pontos na confiança de Laurent Blanc. Seguro e confiante, soube pegar no jogo logo à saída da zona defensiva, mesmo que o ritmo coletivo fosse baixo, e depois também foi aparecendo em terrenos mais adiantados, compensando de certa forma uma exibição algo apagada de Pastore.

Luisão
Concentrado como sempre, o capitão do Benfica fez uma exibição muito sólida, uma vez, controlando bem Cavani. Com a ajuda de Garay, claro, mas num plano superior. Na segunda parte teve uma ocasião para marcar, após livre de Gaitán, mas cabeceou por cima.