Foi bem mais simples do que pronunciar o nome de metade dos jogadores que estiveram em campo. O Borussia Dortmund fez valer o fator casa e confirmou a vantagem que trazia da Ucrânia, pelos golos marcados fora (2-2), impondo-se ao Shakhtar Donetsk por esclarecedores 3-0.

Se na primeira mão as duas equipas não conseguiram desequilibrar os pratos da balança, agora no Westfalenstadion o equilíbrio durou apenas 30 minutos.

Quando Felipe Santana saltou ao primeiro poste para atirar uma autêntica bomba de cabeça para o fundo da baliza de Pyatov, percebeu-se que acabara a guerra fria. As ameaças tornavam-se certezas e os campeões alemães passavam a tomar conta do jogo.

Tudo o que aconteceu a seguir parecia escrito num guião de qualquer espectador atento do fenómeno desportivo.

O Dortmund fez jus ao epíteto de equipa da moda e controlou o jogo. Até porque, aos 37 minutos, Gotze fez o segundo e acabou com eventuais dúvidas dos mais pessimistas. Papeis invertidos, com Lewandowski a centrar na direita e desvio subtil do alemão para o segundo poste.

Mircea Lucescu lançou Douglas Costa na segunda metade e o brasileiro, em duas ocasiões, ainda ameaçou um golo que poderia fazer a sua equipa voltar a acreditar. Mas a sentença final veio pouco depois.

Minuto 59, um remate de Gundogan sai à figura mas Pyatov falha na pior altura. O guardião larga uma bola que parecia fácil e Błaszczykowski aproveitou. Dominou, driblou a tentativa desesperada de emendar o erro e atirou para a baliza. No final beijou o solo. O Dortmund estava nos quartos-de-final.

Desde 1997/98, há quinze anos portanto, que o Dortmund não chegava tão longe na Liga dos Campeões. Nessa temporada, um ano depois de se terem sagrado campeões europeus, a equipa que tinha nomes como Matthias Sammer, Lars Ricken e o português Paulo Sousa foi eliminada pelo Real Madrid nas meias-finais.

Ficha de jogo:

BORUSSIA DORTMUND: Weidenfeller, Piszczek, Subotic, Felipe Santana e Schmelzer; Bender (Kehl, 46) e Gundogan (Nuri Sahin, 82); Błaszczykowski (Grosskreutz, 69), Gotze e Reus; Lewandowski.

Não utilizados: Langerak, Leitner, Bittencourt e Schieber

Treinador: Jurgen Klopp

SHAKHTAR DONETSK: Pyatov, Srna, Rakitksiy, Kucher e Rat; Fernandinho e Hubschman (Stepanenko, 82); Alex Teixeira, Mkhitaryan e Taison (Douglas Costa, 46); Luiz Adriano.

Não utilizados: Kanibolotskiy, Kryvtsov, Kobin, Gai e Eduardo

Treinador: Mircea Lucescu

Golos: Felipe Santana, 31; Gotze, 37; Błaszczykowski, 59

Disciplina: Amarelo para Kucher, 15

Ao intervalo: 2-0