O Arsenal confirmou um grande momento de forma, batendo o Nápoles no Emirates (2-0) e isolando-se no comando do grupo F. O Dortmund, por seu lado, retificou o desaire napolitano de há duas semanas, e com um triunfo expressivo sobre o Marselha (3-0) voltou a ficar bem colocado na luta pelo apuramento. Um triunfo indispensável, até porque os homens de Jürgen Klopp vão ter um duplo confronto com o Arsenal nas próximas rondas.

Estavam decorridos apenas 15 minutos da vitória do Arsenal sobre o Nápoles e a piada já circulava pelas redes sociais: «Mesut Özil assistiu as enfermeiras no seu próprio nascimento». Nas últimas semanas a proliferação de exemplos bem-humorados dos superpoderes do médio alemão são um dos passatempos favoritos dos adeptos dos gunners. Neste caso, o mínimo que pode dizer-se é que Özil esteve à altura das expetativas, orquestrando a segunda vitória da sua equipa nos primeiros minutos, com um golo e uma assistência.

O criativo alemão estava no sítio certo, aos 8 minutos, para concluir um bom movimento entre Giroud e Ramsey, batendo Reina no coração da área. Sete minutos depois, um mau alívio da defesa napolitana deixou a bola nos pés de Giroud, que libertou Özil no flanco direito. O alemão avançou até à linha de fundo e devolveu ao ponta de lança francês, que fixou o 2-0.

A partir daí, o Arsenal geriu as operações, primeiro com alguma fortuna, já que Insigne e Britos podiam ter encurtado distâncias antes da meia hora, depois com controlo absoluto da partida. Mantém-se assim o enguiço de Rafael Benitez nas visitas ao terreno do Arsenal: desde os tempos em que orientava Liverpool e Chelsea, o técnico espanhol somas seis derrotas e apenas três empates em casa de Arsène Wenger.

Resultados e classificações

Esta vitória dá ao Arsenal uma almofada de confiança bem necessária, tanto mais que os próximos dois jogos são com um Borussia Dortmund já totalmente recuperado da derrota na estreia. No Wesfallenstadion, mesmo sem o castigado Jurgen Klopp, e um punhado de baixas relevantes, os alemães deixaram bem vincado o estatuto doMArselha como equipa mais fraca do grupo. Logo aos 19 minutos, Lewandowski concluiu um contra-ataque simplesmente perfeito, após uma troca de passes a grande velocidade, num lance que nasceu de um livre ofensivo para o Marselha.

A ingenuidade francesa ficou bem patente no lance do 2-0, aos 52 minutos, quando um livre de Marco Reus, destinado a um cabeceamento, sobrevoou toda a área sem que alguém lhe tocasse, acabando por enganar o guarda-redes Mandanda, surpreendido pela trajetória da bola. A dez minutos do fim, Reus foi derrubado por Nkoulou, na área, e Lewandowski não desperdiçou a oportunidade de fechar as contas, antes da viagem ao Emirates. O Marselha, por sua vez, depois da derrota inaugural diante do Arsenal, vai ter de receber o Nápoles numa situação de tudo ou nada.