O Barcelona empatou esta terça-feira com o Milan por 2-2, na primeira jornada do grupo H da Liga dos Campeões. Na outra partida, o Viktoria Plzen e o BATE empataram na República Checa.

O jogo de Camp Nou começou de forma inesperada. Ainda antes dos 30 segundos, Pato colocou a bola entre os centrais do Barcelona, acelerou e ao encontrar-se com Valdés não hesitou: bola por baixo das pernas do guarda-redes, golo.

Uma equipa como o Barcelona não está habituada a que lhe façam estas coisas. Mas, por outro lado, também não se perturba com estes incidentes. O Milan não estava ali para discutir a posse de bola e por isso rapidamente o jogo ganhou a cara que se esperava: ataque planeado e reflectido dos catalães; defesa serena e adulta dos italianos.

Deste encontro entre estilos tão distintos resultou uma primeira parte quase sempre jogada perto da área de Abbiati. Da área, não da baliza. Com excepção de um remate de Messi ao poste, a partir de um livre directo, o Barcelona «só» teve bola. Estava assim, com uma ou outra corrida de Pato, quando Messi apareceu. O argentino pegou na bola fora da área, colou-a ao pé, flectiu para a esquerda, mas sempre em progressão. Deixou dois defesas para trás, depois um terceiro e já perto da linha cruzou rasteiro. Pedro só empurrou. Ao intervalo, a surpresa de ver Pato ser brilhante e o Messi de sempre.

Na segunda parte não foi preciso ver muito. Livre de Villa, 2-1. Um golo monumental, uma execução primorosa. O 11º golo do espanhol na Liga dos Campeões aparecia no momento certo, tranquilizando o Barcelona. Era altura de ver o Milan. Ou melhor, de perceber se era possível ver o Milan.

O tempo foi passando e o Milan não foi capaz de chegar perto de Valdés. Guardiola aproveitou para dar minutos a Puyol. Os catalães estiveram sempre mais perto do 3-1, embora nem forçassem muito. Os livres perto da área, resultado de faltas dos italianos, chegavam para manter viva a ameaça. Excepção: uma bola de cabeça de Pato, no primeiro pontapé de canto do Milan. Tinham passado 72 minutos. O resto foi o Barcelona que já se conhece.

Com uma excepção, fatal. Já em período de descontos, canto de Seedorf, na direita, cabeça do central Thiago Silva e golo! Um espantoso balde de água fria sobre os catalães e um empate pelos mesmos números do fim-de-semana, frente à Real Sociedad: 2-2.

Empate na República Checa

Na República Checa, o Viktoria Plzen apanhou-se na frente em cima do intervalo. Jogada muito bem construída, sobre a esquerda, cruzamento de Jiracek e Bakos a encostar de pé direito, escorregando na relva.

O BATE empatou aos 69 minutos por Bressan, a passe de Baga. Um lance rápido, no limite do fora-de-jogo, que apanhou a defesa checa distraída.