O Manchester United goleou o Schalke 04 por 4-1, em Old Trafford, nesta quarta-feira, e com cinco golos de vantagem na soma das duas mãos (a maior diferença de sempre nas «meias») assinou a presença na final da Liga dos Campeões, onde vai reencontrar o Barcelona, desta feita em Wembley. Valencia e Gibson marcaram na primeira parte, Jurado reduziu ainda antes do intervalo e Anderson bisou na segunda. É a terceira final de Alex Ferguson em quatro anos, depois da conquista em 2008 e da derrota frente aos blaugrana em Roma no ano seguinte.

FICHA DO MANUTD-SCHALKE

AO MINUTO DO MANUTD-SCHALKE

Mesmo com serviços mínimos - Ferdinand, Rooney e Park ficaram na bancada; Vidic, Giggs e Hernández não saíram do banco e Evra só entrou a 30m do fim devido à lesão de Rafael -, o Manchester United assegurou uma vitória folgada, beneficiando de um Manuel Neuer mais «humano», depois de uma exibição fantástica em Gelsenkirchen, na primeira mão.

Nove alterações relativamente ao jogo da Premier League com o Arsenal, com Van der Sar e Nani a serem os únicos sobreviventes, claramente a pensar na recepção ao Chelsea neste fim-de-semana (jogo do título) e, ainda, em Wembley, com Alex Ferguson a fazer a gestão dos amarelos impeditivos para a final - ninguém no onze inicial tinha qualquer cartão na Champions. A vantagem de dois golos assim o permitia, a equipa de segunda linha também.

Pep Guardiola, que viu a decisão da bancada de Old Trafford, não viu aquilo que queria, ou seja, a equipa que vai defrontar na final, mas não deixa de ter motivos para preocupação.

O jogo até começou morno, mas rapidamente aqueceu. Muito por culpa de Gibson, o principal «mentor» do ataque dos «red devils» no primeiro tempo. Aos 26 minutos, um grande passe do médio irlandês isolou Valencia na cara de Neuer, que passou a bola entre as pernas do guarda-redes alemão (elogiado por Ferguson e desejado pelo Bayern Munique).

Logo de seguida, troca de papéis. Um erro incrível de Neuer, que não segurou à primeira o remate de Gibson e viu a bola bater no poste esquerdo e entrar na sua baliza. Um desfecho simples, para uma criação simples: lançamento lateral de Rafael para Anderson, com o brasileiro a tocar para Valencia, que «devolveu» a assistência.

A resposta do Schalke 04 surgiu imediatamente depois, por Jurado. Um primeiro cruzamento de Uchida foi mal resolvido na área pela defesa do United e a bola acabou por sobrar para o espanhol, que atirou uma bomba à baliza de Van der Sar.

A eliminatória parecia relançada, os alemães subiram no terreno, mas o resultado não sofreria alteração até ao intervalo, com Valencia a desperdiçar nova oportunidade para brilhar.

O segundo tempo foi de Anderson e registou um Nani mais em cena, português que andou apagado nos primeiros 45 minutos, ao contrário do compatriota Pedro Proença, decidido e correcto nas avaliações.

Depois de uma grande defesa de Neuer a remate do brasileiro ex-FC Porto, o guarda-redes alemão não conseguiu evitar o que se seguiria. Em apenas quatro minutos (72 e 76), Anderson brilhou: primeiro com a ajuda de Nani, depois com o contributo de Berbatov.

Antes do bis, um golo bem anulado a Smalling por fora-de-jogo, decisão acertada e que se repetiria a oito do fim, desta feita com Huntelaar no adiantamento.

Segue-se Wembley e a possibilidade de, pelo menos, um português vingar a eliminação de outros quatro.