O Zenit não conseguiu melhor do que um empate 1-1 diante de um Atlético Madrid muito remendado (sem sete habituais titulares) e, desta forma, o FC Porto, que esta noite recebe o Austria, volta a depender de si próprio para chegar aos oitavos de final da Liga dos Campeões. Na fria São Petersburgo, os colchoneros até marcaram primeiro, mas Courtois, com um brinde de todo o tamanho, permitiu o empate, no primeiro jogo que a equipa de Diego Simeone perdeu pontos na atual edição da Liga dos Campeões.

Confira a FICHA DO JOGO

Com seis graus negativos e um relvado sintético em muito mau estado, o Zenit procurou assumir as rédeas do jogo, procurando explorar as alas com Hulk e Shatov no apoio a Kerzhakov. Mas pela frente a equipa russa encontrou um Atlético renovado e determinado a fechar todas as, sempre à espreita de uma oportunidade para sair em contra-ataque, com destaque paras as iniciativas do «papá» Cristian Rodríguez sobre o flanco direito.

Uma primeira parte competitiva, com muita luta, mas escassas oportunidades de golo. O Zenit foi o primeiro a mostrar-se, aos 16 minutos, com Shatov a destacar Hulk que testou o seu forte remate, obrigando Courtois a defesa difícil. Foi a melhor oportunidade dos russos até ao intervalo. A equipa de Spaletti teve sempre mais bola, mas sentia cada vez mais dificuldades em chegar perto da baliza colchonera.

Diego Simeone não parou de dar instruções à sua equipa que foi ganhando consistência, quer em termos defensivos, quer nas saídas rápidas para o ataque. A primeira parte terminou depois da melhor oportunidade da equipa espanhola, com um remate surpresa de Koke, à meia volta, a obrigar Lodigin a aplicar-se para manter o nulo.

A segunda parte foi bem mais animada. O Zenit arriscou um pouco mais nos primeiros minutos e acabou por pagar caro, sujeitando-se ao contra-ataque mortífero dos colchoneros. Depois de mais uma bomba de Hulk, o Atlético saiu a jogar, Raúl García destacou Adrián que, com todo o tempo do mundo, encarou Lodigin e bateu o guarda-redes russo como quis. Logo a seguir, Raúl Garcia podia ter feito o segundo, num chapéu de Raúl García que ainda beijou a trave.

Brinde de Courtois

Luciano Spaletti sentiu que estava a perder o controlo do jogo e procurou recuperá-lo com duas alterações em simultâneo, lançando Bystrov e Arshavin para a refrega. Os choques multiplicaram-se em campo, com um Zenit tenso e um Atlético descontraído, e o jogo voltou a ficar marcado por muita luta, mas pouco futebol, com especial destaque para a exibição de Miranda que anulava todas as iniciativas dos russos pela zona central.

O novo figurino do Zenit estava ainda a ganhar forma quando Courtois ofereceu o empate de bandeja, depois de uma enorme asneira do guarda-redes belga. O lance começa em mais um cruzamento inofensivo de Smolnikov da direita, corte de cabeça de Alderweireld, a bola ganha altura e Courtois, convencido que ia para fora, permitiu esta passasse a linha fatal. Inacreditável.

Um golo que podia ter motivado o Zenit para os últimos quinze minutos, mas o Atlético voltou a concentrar-se e, até final, reduziu a percentagem de posso de bola que chegou a ser superior em mais de sessenta por cento favorável à equipa da casa. Agradece o FC Porto que, desta forma, volta a depender de si próprio para chegar aos oitavos de final.