A figura: Konoplyanka

Já era o melhor do Dnipro antes de inventar a jogada do golo de Rotan e ter feito ele próprio o segundo. Ser decisivo no resultado só confirma o estatuto. Muita qualidade neste esquerdino de 24 anos, internacional ucraniano. Fez a cabeça em água a Tony com um primeiro tempo a ritmo elevado, sobretudo na primeira meia hora. Aliás, só nos quinze minutos iniciais arrancou por três vezes levando o perigo à área pacense. Em duas delas valeu António Filipe. Na outra, os companheiros chegaram atrasados. No segundo tempo...decidiu o jogo.

O momento: Rui Miguel desperdiça a vantagem

Minuto 50. Depois de uma primeira parte sofrível, o Paços tentava mostrar que tinha armas para combater a armada ucraniana. Equilibrou o jogo e até poderia ter passado para a frente se Rui Miguel responde de outra forma a um livre de Manuel José. Tinha tudo para colocar a equipa a ganhar. Atirou por cima. Depois o Dnipro não perdoou.


Outros destaques


Bebé

Que pena ser só um. Num ataque remendado, Bebé tentou ser ponta-de-lança e extremo com uma entrega inexcedível. Não ficou à espera que a bola lhe chegasse e tentou ser ele, também, a levar a equipa para a frente depois de uma entrada amorfa no terreno. O problema é que se vem buscar a bola, depois não está na área para finalizar...

Sérgio Oliveira

O primeiro a mostrar à equipa que havia mundo a desbravar no meio campo contrário. Com a entrada dominadora do Dnipro em campo, alguém tinha de empurrar o Paços para fora do sua área e Sérgio Oliveira, se não foi o principal responsável pelo crescimento da equipa, foi, pelo menos, aquele que mostrou que era possível. Rematou sempre que viu espaço e não deixou Boyko ter uma noite tranquila.

Seri

Companheiro ideal de Sérgio Oliveira nas ações de miolo. Também sai com nota positiva, apesar da derrota Não tem o mesmo requinte a fazer jogar do português, mas é uma força da natureza que convém ter debaixo de olho.

Rotan

Capitão e patrão do futebol do Dnipro. Assumiu-se desde cedo, ditando leis no miolo e tentando ser o cérebro da equipa. Marcou o golo que abriu o ativo, respondendo bem a uma solicitação de Konoplyanka. Trabalho positivo, portanto. E missão cumprida. 

Denis Boyko

O estilo não é o mais vistoso mas foi eficaz. Manteve a baliza inviolada negando por duas vezes o golo a Sérgio Oliveira e numa outra a Rúben Ribeiro