O Sporting continua sem ganhar. Na estreia na fase de grupos da Liga Europa, a equipa de Sá Pinto continuou a jogar de grilhões nos pés, com muita vontade, mas com uma indisfarçável dificuldade para encontrar o caminho para a baliza do Basileia. A expulsão de Xandão logo a abrir a segunda parte também não ajudou, mas a verdade é que a vontade continua a não ser suficiente. Desta vez nem Sá Pinto escapou aos assobios de Alvalade.
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Sá Pinto fez apenas uma alteração em relação ao último jogo nos Barreiros, procurando empurrar a equipa para a frente com a troca de Adrien por Diego Capel. O Sporting até entrou bem no jogo, em termos de atitude, transpondo para o relvado a «vontade» que Marcos Rojo tinha anunciado na véspera. Com a bola na sua posse, os leões faziam-na rodar em velocidade, de flanco a flanco à procura de uma abertura. Sem bola, mordiam os calcanhares ao adversário, com uma pressão a toda a largura do terreno. Mas a atitude não chegava para incomodar um Basileia bem posicionado em campo e determinado a não cometer erros. Só aos quinze minutos é que o Sporting conseguiu o primeiro remate, depois de uma boa combinação entre Izmailov e Elias, com o brasileiro a atirar por cima.
Com o passar dos minutos, a «vontade» dos leões foi-se diluindo e a pressão sobre a bola foi afrouxando. Pela primeira vez, os suíços passavam do meio-campo e, num lance de bola parada, provocaram o primeiro calafrio em Alvalade, num livre de Alexander Frei que fez a bola sobrevoar os centrais e encontrou um Dragovic solto junto ao segundo poste. A bola saiu ao lado, mas ficou o aviso. Nesta altura, os leões demoravam uma eternidade a recuperar a bola, permitindo que o adversário a fosse trocando, já sem a pressão inicial, no seu meio-campo. Até ao intervalo, apenas mais uma oportunidade clara para o Sporting, outra vez com Izmailov na jogada e com Wolfswinkel a atirar à queima-roupa para uma grande defesa de Sommer.
Com onze já estava difícil, agora com dez...
Muito pouco para a primeira parte, mas o início da segunda trouxe um panorama ainda mais negro. Apanhado em contra-pé, Xandão deixou escapar uma bola e derrubou Streller quando este ia para a baliza. O vermelho direto foi inevitável e os momentos que se seguiram mostraram um leão completamente à deriva. Ricardo Sá Pinto procurou reequilibrar a defesa com Daniel Carriço, prescindindo de Elias, mas o Basileia esteve muito perto de marcar com um impressionante remate de Marcelo Días, a trinta metros, que foi beijar a barra.
Com a entrada de André Martins para o lugar do desgastado Izmailov, o Sporting conseguiu esconder a diferença numérica, e com Labyad até recuperou algum ascendente. Os últimos minutos foram jogados mais com o coração doq ue com a cabeça. Wolfswinkel teve a melhor oportunidade da noite nos pés, mas, mais uma vez, permitiu a defesa de Sommer.
Nos últimos instantes, os jogadores do Sporting deram tudo o que tinham, correram que nem doidos, mas não chegou e, uma parte das bancadas, voltou a cantar: «Joguem à bola».