José Mota, técnico do Leixões, admite que a equipa poderá ensaiar uma mudança no habitual sistema de jogo como forma de contornar o ciclo de quatro jogos sem vitória na Liga. A utilização de Braga numa posição mais central do ataque pode ser o antídoto para a recente seca de vitórias da equipa que liderou o campeonato durante várias semanas.
Na conferência de antevisão do embate com o V. Setúbal, a contar para a 14ª jornada, José Mota deixou em aberto o recurso ao 4x3x3, ensaiado durante a semana, admitindo que a sua equipa sente dificuldades perante adversários fechados, como será previsivelmente o caso do conjunto orientado por Daúto Faquirá: «Estamos vocacionados para defrontar adversários com mais atributos, que conseguem ter uma maior posse bola, e ser mais agressivos em termos ofensivos», afirmou, citado pela agência Lusa «Não podemos esperar que o adversário se exponha e nos dê espaço, porque isso não vai acontecer naturalmente», admitiu.
Reconhecendo o «momento difícil em termos de vitórias e pontos» do adversário de domingo, José Mota salientou que considera o V. Setúbal uma equipa «da nossa dimensão, que nos vai obrigar a ser mais rápidos, habilidosos, e agressivos pela posse de bola numa zona mais alta do terreno».
Mota contestou também que a quebra de rendimento do Leixões nas últimas jornadas tenha alguma explicação de fundo: «Nas últimas 12 jornadas perdemos um jogo e se contarmos com a Taça temos 15 jogos com uma derrota. Não é por falta de aplicação e de entusiasmo que não temos resultados positivos», frisou, acrescentando ser ainda cedo para adiantar alguma coisa acerca da renovação do contrato com o clube de Matosinhos.