Três presenças diminutas em mês e meio de dragão ao peito é um pecúlio «estranhamente discreto» para Liedson. Derlei e Elpídio Silva apreciaram os dois anos do Levezinho no Brasil, após o adeus ao Sporting, e recusam aceitar que os 35 anos limitam decisivamente o ex-colega.

«Ainda é matador nato, será útil ao FC Porto

«Ele quando chegou do Sporting estava fortíssimo, a voar. Fez golos atrás de golos e foi decisivo no título do Corinthians», lembra o pistoleiro. O pior veio com uma lesão, já no Flamengo. «Ele sofreu muito nessa altura», confessa Derlei ao Maisfutebol.

«Depois, na fase final de 2012, reapareceu em bom plano. Eu pensava até que este ano ia conseguir ser titular no Flamengo. Apareceu o Porto e ele fez muito bem em aceitar. Dei-lhe a maior força».

Derlei sentiu, porém, que Liedson iria ter um papel diferente no Dragão. «Eu sei que o Jackson é fantástico, mas o Liedson pode perfeitamente jogar num 4x4x2. Fez uma boa dupla comigo - ele mais fixo e eu a movimentar-me mais - por isso podia fazer agora o mesmo com o Jackson. Só depende do treinador».

Confrontado com a parca utilização do antigo colega, o campeão europeu de 2004 tenta encontrar explicações.

«Quando estive na Rússia dois anos e voltei também senti grande dificuldade. Ele esteve dois anos no Brasil. Talvez ande com problemas físicos e não consiga treinar no máximo. Só pode ser uma questão física, porque a qualidade está e estará sempre lá», desabafa o ninja.

Elpídio Silva passa o seu tempo em Lagoa Seca, bem perto de Campina Grande. Possui um restaurante chamado Adega da Portuguesa e uma escolinha de futebol. Derlei terminou a carreira de futebolista em 2010, no Madureira. Vive «tranquilo, junto da família» no estado de São Paulo.

Um e outro apostam na reabilitação total de Liedson: «Vai provar que pode ficar mais um ano no F.C. Porto. E se fizer uma boa pré-época fará muitos, muitos golos em 2013/14».