A figura:

Corona: Marcou, deu a marcar, serpenteou pelo meio campo do Leicester como quis, num jogo em que teve uma prestação ímpar. Principalmente na primeira parte, não deixou de dar intensidade ao jogo e procurar a baliza. Bateu, de pé direito, o canto que André Silva aproveitou para abrir o marcador, fez o segundo golo (e que golo), ao rematar de primeira após um cruzamento de Alex Telles, e ainda esteve na origem do lance que deu o golaço de Brahimi.

O momento:

Minuto 6, golo de André Silva: Ainda o jogo mal tinha começado, o marcador já estava a mexer. André Silva cabeceou na área perante a passividade de Schlupp na sequência de um canto. Um golo que teve um efeito psicológico em ambas as equipas. Um reforço de energia para a formação portista, num encontro decisivo. E um espinho cravado numa pouco rotinada equipa do Leicester. Estava lançado o mote.

Outros destaques:

André Silva: Reconciliou-se com os golos. Depois de um mês sem marcar voltou a fazê-lo e por duas vezes. Abriu o marcador logo aos 6 minutos. Já na segunda parte, voltou a converter um castigo máximo de forma segura e precisa, após duas grandes penalidades falhadas em encontros passados (Chaves e Sp. Braga).

Brahimi: Voltou a marcar, e novamente um golaço (tal como contra o Arouca, o outro tento que apontou esta época). Ocupou o lugar do lesionado Otávio e notou-se um esforço para combater o excesso de individualismo de que o acusam muitas vezes. Foi numa jogada coletiva, após um passe de Maxi Pereira, que apareceu à boca da baliza para rematar de calcanhar para o 3-0. Mais um argelino a marcar de calcanhar com a camisola do FC Porto, fazendo lembrar o compatriota Madjer.

Jota: Não marcava desde o encontro com o Benfica e esta noite apontou um tento particularmente humilhante para os foxes. Não apenas por ser o último, mas por se ter antecipado a Chilwel e, de fora da área, ter feito a bola passar por entre as pernas de Hamer. Não perdeu o faro de golo, só precisava de o reencontrar.

Gray: Autor dos lances de maior perigo do Leicester, embora nada que desse muitas dores de cabeça à defesa portista e ao guardião Casillas. Apareceu mais em jogo na segunda parte, com o crescimento da equipa fruto da entrada de Albrighton ao intervalo.