A carreira notável do Mónaco de Leonardo Jardim nesta edição da Liga dos Campeões parece estar para durar.

Nesta quarta-feira, um dia depois de um ataque ao autocarro do Borussia Dortmund ter levado ao adiamento do jogo em quase 24 horas, a equipa do Principado fez o que ainda ninguém tinha conseguido levar a cabo nesta temporada: bater a equipa de Thomas Tuchel no Westfalenstadion (3-2).

Com Bernardo Silva e João Moutinho no onze (Raphael Guerreiro foi opção inicial no B. Dortmund), o triunfo dos monegascos foi construído com uma primeira parte sóbria. Nos 45 minutos iniciais, a equipa de Leonardo Jardim travou de forma eficaz o processo criativo do B. Dortmund soube ser letal nas poucas vezes em que conseguiu chegar com perigo à área contrária.

Aos 45 minutos, Mbappé (num lance em que está em posição irregular) e Bender, na própria baliza, davam corpo a um personalizado conjunto monegasco que até podia ter ido para o descanso com um resultado mais dilatado, não fosse Fabinho ter falhado um castigo máximo ainda com 0-0 no marcador.

Depois de uma primeira parte em que se sentiu preso numa espécie de colete-de-forças, o Borussia foi mais… Dortmund no reatamento. Tuchel identificou a fonte dos problemas e concertou-a com as entradas de Nuri Sahin e Pulisic, lançados para os lugares de Schmelzer e Bender.

O crescimento foi imediato e a pressão era já quase sufocante quando Dembelé reduziu para 2-1 aos 57 minutos.

Já sem Bernardo Silva em campo (saiu esgotado aos 66’), o Mónaco, acometido ao primeiro terço do campo, saía apenas num ou noutro contra-ataque esporádico, o que até nem era mau de todo se conseguisse sobreviver ao assalto dos anfitriões.

Sobreviveu e Falcao, depois de contornar Burki, desperdiçou uma soberana ocasião de fazer o terceiro, que chegou pouco depois (79’) pelo explosivo Mbappé.

O melhor que o Borussia Dortmund conseguiu foi reduzir para 3-2 aos 84 minutos pelo japonês Kagawa, que acabou por manter vivo um sonho que, ainda assim, será difícil de concretizar na próxima semana frente a um super-Mónaco que é cada vez menos uma surpresa.

O Jardim de Leonardo continua a crescer.