FIGURA: Jonas

O homem-golo do Benfica a marcar mais um tento importante numa prova difícil, mas na qual o Benfica ainda tem uma palavra a dizer e quer carimbar a passagem aos quartos de final com a qualidade que mostrou na fase de grupos. Foi apenas o segundo golo do brasileiro na Champions, mas valeu uma vitória importante. No total da época já leva 25 tentos marcados.

MOMENTO: expulsão, livre e golo

O resultado já parecia fechado, mas bem sabemos que isso só é certo quando o árbitro apita. Com a força de acreditar, e com a expulsão de Criscito que deu um livre perto da área, o Benfica chegou mesmo ao golo aos 90 minutos. Um tento importante nesta eliminatória e que vai fazer toda a diferença na Rússia e na postura do Zenit em campo na segunda mão.

NEGATIVO: não foi uma noite de muitos amarelos, mas os cartões do árbitro italiano Gianluca Rocchi foram penalizadores para ambas as equipas e na mesma medida. Jardel e André Almeida viram amarelo, tal como Javi Garcia e Criscito - que viu dois e foi expulso. Por isso, os quatro jogadores falham o jogo da segunda mão dos oitavos de final em São Petersburgo.

O JOGO, AO MINUTO

OUTROS DESTAQUES:

Eliseu: num jogo em que o marcador só se desbloqueia ao cair do pano podem tirar-se várias interpretações, uma delas é que os defesas estiveram bem. Aconteceu com Eliseu. O lateral esquerdo do Benfica foi um dos melhores em campo, pelo que fez tanto defensiva como ofensivamente, mas sobretudo no que lhe compete: defender. Foi ele quem anulou todas as chegadas de Hukl à área encarnada. Aos 83 minutos ainda obrigou Lodygin a uma defesa a dois tempos.

Gaitán: não está no pico de forma, depois da ausência de um mês. Vai aparecendo umas vezes com mais qualidade do que outras e esta noite na Luz mostrou que precisa de mais tempo. Ainda assim, sobretudo no primeiro tempo, obrigou Anyukov e Garay a mostrar serviço. Ao cair do pano mostrou também que continua a resolver e a ser o rei das assistências encarnadas, marcando o livre que deu a vitória ao Benfica.

Renato Sanches: tem recebido vários elogios e são totalmente merecidos. Esta noite, em mais um jogo da Liga dos Campeões, o terceiro de sempre e a titular, mostrou todas as capacidades. Foi dos melhores em campo sendo preponderante no meio-campo benfiquista, mas não só. Foi vê-lo, como já é habitual, a recuperar, a lançar o jogo e a chegar à área com a vontade de rematar e chegar ao golo com técnica e segurança. Mesmo depois de um choque, aos 55 minutos, em que precisou de assistência média, não abrandou o ritmo.

Lodygin: não teve uma noite de muito trabalho. Nem ele, nem Júlio César. Ainda assim, na segunda parte foi chamado mais vezes a intervir e merece destaque pela boa defesa que fez ao remate de Nico Gaitán aos 70 minutos, na melhor oportunidade de golo que houve neste Benfica-Zenit. No entanto, nessa jogada acabou apenas por adiar os festejos encarnados, umas vez que 90, não conseguiu evitar o golo do triunfo encarnado.

Hulk: o avançado brasileiro é quem mais faz nesta equipa orientada por André Villas-Boas. Recupera bolas, joga ao ataque, marca livres e bate cantos. Esta noite na Luz fez um pouco de tudo, mas teve Eliseu pela frente e não conseguiu levar grande perigo à baliza de Júlio César. Só o fez numa ocasião, através de bola parada, ao cair do primeiro tempo. Esteve melhor na primeira do que na segunda parte.