A vitória do Barcelona em Londres sobre o Arsenal não é nos dias de hoje uma surpresa. A equipa espanhola surgia como favorita já para (vencer) a primeira mão fora de casa e, inclusivamente, o conjunto inglês sabia e assumia isso. Foi o que aconteceu: o Barça ganhou.

Até pela maior aproximação de forças entre as equipas em questão, o jogo da Turim punha mais equilíbrio entre a Juventus e o Bayern Munique. Verificou-se esse equilíbrio, mais do que em tudo, no resultado, Claro. Os alemães dominaram o jogo, mas os vice-campeões europeus puxaram dos galões para levar a incerteza da eliminatória para Munique.

Quem (mais) teve a bola nos jogos desta terça-feira foi quem se deu melhor. O Barcelona esteve praticamente perfeito no desempenho em campo. O Bayern, apesar de também já estar em vantagem no seu confronto, não o esteve tanto e não são só os números dos resultados que mostram essas diferenças.

O primeiro golo do Barcelona no estádio do Arsenal nesta terça-feira é também ele um símbolo perfeito do que é este Barça com o trio MSN Messi-Suárez-Neymar no seu melhor: uma mão cheia de passes envolvendo os três até ser golo. Além de ser um resultado, é um símbolo. Os jogadores de Luis Enrique fizeram 632 passes completos neste jogo na sequência de uma posse de bola nos 65%.

O Arsenal não fez mais de 263 passes certos. Os remates da equipa de Wenger em todo o jogo foram três. O Barcelona fez o triplo de tentativas e marcou dois golos. O Bayern fez 597 passes completos contra 253 da Juventus. Também a equipa alemã teve dois terços de posse de bola (64%). Arturo Vidal foi nesta noite um grande exemplo das semelhanças que a antiga equipa de Guardiola e a atual gostam de fazer: ter a bola consigo.

Alaba fez 97 passes certos, Kimimch fez 93. No Barcelona estiveram no topo Busquets, com 75, e Iniesta, com 71 passes acertados.

O domínio bávaro, porém, foi mais afrontado pela Juventus do que o Arsenal afrontou o Barça. Os alemães remataram 13 vezes, fruto da sua maior pressão, a Juve atirou dez vezes à baliza. Conseguiram os mesmos golos. A eficácia até elogia a equipa de Allegri, mas, sem demérito para os jogadores que recuperaram de um 0-2, o Bayern Munique deixou-se apanhar quando uma defesa mais frágil – porque de recurso devido às lesões – não esteve à altura da resposta do vice-campeão europeu.

Além de Vidal, à melhor altura esteve também Leo Messi. O argentino não só aumentou a conta pessoa de golos contra o Arsenal como o fez contra Petr Cech. O argentino matou o borrego de conseguir marcar um golo pela primeira vez ao checo depois de seis jogos em que o tinha enfrentado no Chelsea – ganhando Cech, inclusive, um duelo numa grande penalidade.