Finalista da última edição, o Atlético de Madrid apurou-se para os quartos de final da Liga dos Campeões ao bater o Bayer Leverkusen nas grandes penalidades.
 
Depois da derrota na Alemanha, por um a zero, a equipa de «Cholo» Simeone conseguiu igualar a eliminatória com um golo feliz de Mario Suárez (1-0) e acabou depois por vencer a eliminatória no desempate da marca de onze metros (3-2), onde os jogadores do Leverkusen tremeram mais, mas também com o contributo importante de Oblak.

FILME DO JOGO
 
O antigo guarda-redes do Benfica começou o jogo no banco, mas a lesão de Moyà, aos 21 minutos, lançou-o para o jogo. Por essa altura já o Leverkusen tinha criado duas situações de perigo, primeiro com um remate de Bellarabi que saiu ao lado (11m), e depois com uma tentiva de Son intercetada por Mandzukic junto ao poste, na sequência de um canto (17m).
 
Mesmo sem o castigados Tiago e Godín, o Atlético entrou a pressionar, impulsionado pelo ambiente do Calderón, mas a superioridade a meio-campo não tinha correspondência no último terço do campo. Foi através de um lance de bola parada que a equipa «colchonera» empatou a eliminatória, num lance confuso e feliz (27m). Um livre na direita lançou a confusão na área alemã, até que a bola foi cortada para a entrada da área e Cani tocou de cabeça para o remate de Mario Suárez, desviado por Toprak mesmo à frente de Leno, que ficou impossibilitado de evitar o golo.
 
O Leverkusen acusou o golo e o Atlético continuou a pressionar, mas sem grandes oportunidades de golo. A melhor ocasião até terá sido um lance em que Mandzukic apareceu solto na área, mas o croata nem chegou a rematar, devido a uma excelente intervenção do lateral Wendell (31m). Ainda antes do intervalo houve mais um remate de Mario Suárez a sofrer um desvio, no caso de Bender, mas desta vez a bola saiu ao lado (38m).
 
Pressão «colchonera» e desacerto alemão dos onze metros
 
Na segunda parte a qualidade de jogo não subiu muito, para lá da intensidade e da agressividade, mas o Atlético criou mais perigo para a baliza de Leno. Turan deixou o primeiro aviso, mas o remate saiu torto (69m), e depois minutos depois um livre de Koke sofreu um ligeiro desvio de Kiessling e passou perto do poste.
 
A nove minutos dos 90 o guarda-redes do Leverkusen teve mesmo de aplicar-se perante um remate de Arda Turan, arrastando o jogo para o prolongamento, até porque o árbitro italiano Nicola Rizzoli não viu uma grande penalidade de Toprak sobre Raul García logo a seguir.
 
A primeira equipa a criar perigo no prolongamento foi a de Roger Schmidt, mas o remate enrolado de Kiessling não criou grandes dificuldades a Oblak. Mais vistosa foi a defesa de Leno a evitar o golo de Raul García ao minuto 107.
 
Sem conseguir libertar-se da pressão «colchonera» o Leverkusen só respondeu com um remate de longe de Rolfes, que não passou muito longe do poste.
 
Fernando Torres ainda protagonizou dois cabeceamentos perigosos, mas a eliminatória decidiu-se mesmo na marca de onze metros. Raul García falhou logo o primeiro penálti mas Oblak manteve tudo na mesma ao defender o remate de Çalhanoglu. Toprak atirou por cima na terceira série mas Leno reequilibrou as contas ao defender o remate de Koke na série seguinte. Kiessling atirou por cima na décima conversão e o Leverkusen ficou pelo caminho.

Ao quarto desempate da marca de grande penalidade para as competições europeias o Atlético consegue finalmente vencer.