Xabi Alonso regressa a Madrid esta quarta-feira para defrontar o Atlético e falou ao jornal espanhol Marca sobre o jogo, deixando muitos elogios a Simeone e apontando o seu futuro.

«É impressionante o que conseguiu. Colocou-os na elite do futebol europeu. Tem esse carisma e essa capacidade de liderança com os jogadores e com os adeptos, com quem tem um grande vínculo. Isso é responsabilidade do Cholo», afirmou o espanhol.

Confrontando com o facto do contrato de Simeone ter sido reduzido, respondeu assim: «Sobre o contrato são coisas particulares, mas eu vejo-o no Inter de Milão ou na seleção argentina no futuro, porque encaixa. Acho que ele tem que se sentir identificado com os projetos.»

E será que Xabi Alonso gostava de trabalhar com Simeone, de quem foi rival durante muitos dos anos em que vestiu a camisola do Real Madrid?

«Para trabalhar com ele já é um pouco tarde. Admiro-o, respeito-o e valorizo todo o que fez. Gostaria de conhecer mais de perto a sua forma de trabalhar. Tem a sua forma de entender futebol, que aí estás de acordo ou não, mas é um super treinador.»

Xabi Alonso foi orientado por vários treinadores de topo, como Mourinho, Guardiola, Ancelotti, este quer no Real Madrid quer agora no Bayern. Não faltam elogios.

«Trabalhar e escutá-los no dia a dia, saber por que tomam umas decisões ou por que é que planeam um jogo de carta maneira é uma aprendizagem contínua. Tive os melhores da última década e com todos aprendi muito. Sem dúvida que são três treinadores diferentes, mas todos têm as suas coisas positivas que admiro muito e em quem me basearia. Estão aí os seus resultados. Mou e Pep com toda a sua forma de ver o futebol e revolucioná-lo e Carlo com toa a sua experiência e maneira de gerir grupos e saber tomar decisões inteligentes em cada momento.»

O internacional espanhol diz ainda que gostaria de jogar em Itália, mas que talvez seja tarde para uma mudança. O «sonho» que tem agora em mente é o de vencer a Champions com o Bayern. 

E depois de pendurar as botas, altura que chegará quando o corpo lhe disser para parar, ser treinador é uma opção apesar de saber da dificuldade.

«Não descarto ser treinador porque gosto muito de futebol. Com tudo o que vivi, com todas as equipas em que estive e com todos os treinadores com os que trabalhei, tenho um conhecimento importante. Mas ser treinador é outra coisa e tê-lo vivido em casa [pai foi treinador] ajuda-me a saber o quão difícil é. Não podemos ser só bons a nível futebolístico, também temos de ser a nível humano para gerir o grupo.»