Suplente não utilizado na Luz, Antunes não escondeu, na zona mista, a insatisfação perante a sua condição atual no Dinamo de Kiev:
[sobre as contas do grupo] «É muito difícil. Ficamos com um ponto, a duas jornadas do fim. Vai ser muito complicado, mas vamos pensando naquilo que pode acontecer.»
[o que faltou para arrancar um ponto, pelo menos?] «Faltou uma pontinha de sorte. Acabámos por fazer um jogo equilibrado, frente a um Benfica não tão forte quanto o de Kiev, e dos últimos jogos.»
«Não sei se o Benfica estava já a pensar no jogo do Dragão ou não, mas sei que não parecia a mesma equipa de Kiev.»
[surpreendido por ficar no banco?] «Nada. Nos últimos jogos não tenho vindo a jogar. Infelizmente não tenho sido opção.»
[ficou marcado pelo jogo em casa com o Benfica e o penálti cometido?] «Acho que não. Antes já não andava a jogar regularmente no cameponato. Praticamente só jogava a Liga dos Campeões, quando o treinador nem uma palavra me transmite. É normal. Há que continuar a trabalhar e ver o que se vai passar.»
[pensa sair em janeiro?] «Vamos ver. Ainda tenho mais alguns anos de contrato. Se surgir uma proposta, é óbvio que vou pensar muito bem no que quero fazer. Se continuar assim é uma hipótese.»
[agradava-lhe a possibilidade de rumar ao Sporting, por exemplo, que procura um defesa esquerdo?] «Agora agrada-me o Dinamo. Tenho de trabalhar para agarrar o lugar na equipa. Não tenho vindo a jogar, as coisas têm sido difíceis. Não é fácil para quem está fora, longe da familia. Em janeiro, se tiver opções, vou pensar nelas.»
[tem saudades de jogar em Portugal?] «Tenho saudades de jogar. É isso que tenho...»
[a situação atual também complica o desejo de ser chamado à Seleção...] «É óbvio que é um dos meus objetivos. Estive na última convocatória, mas se não jogar no Dinamo o mister Fernando Santos terá de tomar outras opções. É assim que funciona. Tenho de procurar a solução para mim.»
[se continuar assim pensa forçar a saída em janeiro?] «Não tenho de forçar nada. Tenho de ser o mais profissional possível, como até aqui. Mas se surgir alguma oportunidade é óbvio que vou pensar nela.»
