Rui Vitória deixa rasgados elogios ao Borussia Dortmund, destacando a versatilidade da equipa treinada por Thomas Tuchel, mas acredita que o Benfica tem argumentos para bater o pé ao adversário nos oitavos de final da Liga dos Campeões, sem fiel à sua identidade.

«Vamos defrontar uma equipa forte, muito difícil, que tem um belíssimo poder ofensivo. Tem mudado de sistema com alguma frequência, muda com alguma facilidade, sem baixa o rendimento, e isso cria muita imprevisibilidade. Temos de estudar ao pormenor as dinâmicas desta equipa, tentar controlar da melhor forma, mas sem abdicar da nossa forma de estar. A minha equipa vai ser ambiciosa, convicta, acreditando que também temos o nosso valor. O Dortmund joga num campeonato diferente, mas também tem de ter cuidados com uma equipa como o Benfica», afirmou o técnico encarnado, em conferência de imprensa.

Questionado se esta era uma boa altura para defrontar o Dortmund, tendo em conta os últimos resultados da equipa alemã, Rui Vitória afastou-se dessa perspetiva.

«Não há alturas ideais quando estamos na Champions. A exigência é diferente. Aquilo que aconteceu ao Dortmund [derrota com o Darmstadt, último classificado]...não direi que é frequente, mas é possível acontecer. Isso não invalida tudo aquilo que é a dimensão da Liga dos Campeões. O Dortmund tem uma dimensão europeia enorme e o Benfica, que está nos oitavos de final pelo segundo ano consecutivo, tem sete finais europeia, e também uma dimensão europeia enorme. Estar aqui é uma satisfação enorme, mas não plena. Estamos contentes por estar aqui, mas temos algo a conquistar. Queremos aproveitar muito bem esta competição extra», afirmou o técnico encarnado.

Rui Vitória frisou que o Dortmund «é uma equipa poderosa, que a qualquer momento pode criar perigo», mas isso não faz o Benfica alterar a filosofia. «Não podemos abdicar de nós próprios. E não vamos abdicar obviamente da nossa forma de estar. A questão da personalidade não muda em função do contexto.»