Rui Vitória na conferência de imprensa depois do empate frente ao PAOK na Luz a contar para a primeira mão do play-off de acesso à fase de grupos da Champions:

«Foi um resultado penalizador porque fizemos um bom jogo, tivemos qualidade e ocasiões para fazer mais golos do que um. O adversário marcou na segunda parte de bola parada, quase na única ocasião em que foi lá. Fizemos mais do que uma série de ocasiões que não concretizámos, mas isto é o jogo e o resultado não corresponde à qualidade das duas equipas. Mas com aquilo que fizemos hoje sabemos que temos qualidade para a ir à Grécia e conseguir um bom resultado.»

«Sinto alguma mágoa pela equipa, pela dinâmica que tivemos e as oportunidades que criámos e que depois não materializámos em golo. Os meus jogadores mereciam a finalização. O adversário foi feliz naquele lance em que acabou por finalizar. Se tivermos 50 por cento destas hipóteses lá e conseguirmos finalizar 50 por cento delas podemos ganhar.»

«Antes do jogo sabia que eram 180 minutos de uma eliminatória bem jogada, agora sei que há 90. Temos noção do valor do adversário, mas também sabemos qual o nosso valor e a única coisa que correu menos bem foi a finalização. Lá quero aproveitar metade das oportunidades que tivemos aqui.»

[Falta dos avançados] «Quando ganhámos 2-0 no Bessa, não se colocou isso em questão. Não se concretizou hoje, pode ser que se concretize depois. É com estes jogadores que nós contamos. Ainda hoje tivemos a infelicidade do Salvio, mas temos jogadores para entrar quando tiver de ser e para aproveitarem as ocasiões. Objetivamente tivemos bolas para fazer mais golos, mas não fizemos. Na Grécia só quero ter um pouco da felicidade que eles tiveram aqui, mas não quero que me caia do céu. Por norma sou otimista, mas o jogo de hoje também me demonstrou aquilo que podemos fazer lá.»

[Este jogo deixa marcas para o dérbi] «É o próximo jogo que vamos ter. Fizemos um jogo difícil no Bessa e hoje corremos muito, tivemos uma boa dinâmica, e quem tem vindo a ter esta qualidade, tem de ter respeito pelos adversários, mas não há volta a dar: é tentar impor esta forma de jogar e esta intensidade. Não vamos negar o que andamos a fazer e a cortar na ambição.»