Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, em declarações à RTP após o empate com o Besiktas, na Turquia, para a Liga dos Campeões (1-1):

«Mentiria se dissesse que não me deixa satisfeito este resultado. Penso que fizemos um jogo consistente. Fizemos uma primeira parte de grande qualidade. Em termos estratégicos o jogo foi preparado da melhor maneira. Os jogadores interpretaram bem o que se pediu defensivamente, para depois explorarmos algumas debilidades do Besiktas. Fizemos o golo, e antes do empate tivemos uma oportunidade do Aboubakar. A primeira parte é muito boa, de grande qualidade. Na primeira parte vi os jogadores do Besiktas a perguntar ao treinador o que podiam fazer, e isso é um sinal muito positivo para nós. O Besiktas entrou forte na segunda parte, criaram uma pressão forte. Aqui e ali fomos precipitados na forma como podíamos e devíamos sair para o ataque, utilizando mais o nosso avançado. Perdemos algumas bolas no início da transição e o Besiktas meteu pressão, mas após os 60 minutos, quando o Ricardo falha aquela oportunidade diante do guarda-redes, o jogo voltou a ser equilibrado. Devo dizer que, no tal melhor período do Besiktas, eles tiveram duas oportunidades: uma excelente defesa do Sá e uma bola na trave. O resultado ajusta-se. Com maior eficácia podíamos ter sido mais felizes, mas o resultado ajusta-se.»

[a exibição de José Sá mostra que foi uma aposta ganha?] «Não quero abordar muito esse tema, nem falar individualmente, pois teria de falar na grande exibição do Sérgio, do Maxi...no fundo a equipa toda teve um bom comportamento. Não é fácil jogar aqui, contra uma equipa que tem um orçamento cinco vezes superior. No início da época, com todas as restrições financeiras, e vindo o Sérgio Conceição treinar o FC Porto, nem o mais otimista esperava dependermos apenas de nós, na última jornada, para chegar aos oitavos de final e estar em primeiro no campeonato. É de louvar, de sublinhar isso, porque grande parte do mérito é dos jogadores, que acreditam verdadeiramente e têm uma ambição e um espírito competitivo que me agrada muito.»

[manteve Sérgio Oliveira e Maxi até ao fim, mesmo com cartão amarelo...] «Estamos a falar de dois jogadores que, apesar de terem visto o amarelo, são jogadores com alguma experiência. Sabem gerir a situação. Não ia mexer porque o Maxi estava muito bem no jogo. Podia puxar o Ricardo para lateral e meter o Corona, mas ia mexer em duas posicões e não senti necessidade. O Sérgio não jogava há três jogos e deu uma resposta fantástica. O maxi também. Quando entram, entram com um espírito fabuloso, e essa tem sido a nossa força.»