Jorge Costa, antigo capitão do FC Porto, perspetiva um duelo muito duro para o FC Porto em Munique, esta terça-feira. O atual selecionador do Gabão recorda a eliminatória de 2000, frente à mesma equipa, em que os dragões foram eliminados com muitas queixas do árbitro pelo meio.
 
«Foi um jogo sui-generis porque o árbitro [o escocês Hugh Dallas] quis pôr o Bayern nas meias-finais. O Fernando Santos até se exaltou no final do jogo e foi castigado. Poderíamos ter feito mais, mas não nos deixaram. Na terça-feira, não será fácil ao FC Porto sobreviver», antevê.
 
De qualquer forma, Jorge Costa elogia a prestação portista na primeira mão, destacando o trabalho de Julen Lopetegui.
 
«Houve muito mérito do treinador do FC Porto pela forma como preparou o jogo e surpreendeu o Bayern, uma equipa habituada a sair de trás na primeira fase de construção com alguma liberdade», analisou, em declarações à Agência Lusa.
 
O ex-portista sublinhou, também, a resposta em campo dada pelos jogadores, sobretudo Jackson Martínez: «Não tenho dúvidas de que a utilização do Jackson resultou de uma jogada de bastidor do FC Porto e que ele fez um trabalho específico direcionado para o jogo com o Bayern. Os treinos à porta fechada permitiram isso. Foi uma surpresa para toda a gente e certamente para o Guardiola.»
 
Jorge Costa aconselhou, também, Lopetegui a «não mudar a estratégia» do Dragão, porque um FC Porto demasiado defensivo pode sofrer muito em Munique.