O Real Madrid complicou esta terça-feira as contas na luta pela defesa da Liga dos Campeões, ao perder por 2-1 com a Juventus, em Itália.

Carlo Ancelotti apresentou em Turim um onze mais conservador. Uma espécie de catenaccio à espanhola. Sergio Ramos no meio-campo como na segunda mão dos «quartos» frente ao Atlético, no Santiago Bernabéu, e Cristiano Ronaldo, sozinho, lá na frente.

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Ele, italiano e conhecedor de ginjeira das equipas transalpinas, lá saberia o que estava a fazer, mas viu, bem cedo, a vida andar para trás. A Vechia Signora entrou em campo mandona, a fazer lembrar os tempos áureos. Um, dois avisos à séria nos primeiros minutos. Até que à terceira foi mesmo de vez. Tevez rematou cruzado, Casillas defendeu para o lado e Morata encostou de pé esquerdo para o primeiro do jogo.

Êxtase nas bancadas e felicidade estampada no semblante dos jogadores da Juventus. Não de todos. Morata, esse, recalcou o sorriso depois de marcar à equipa do coração, de onde saiu há menos de um ano. Anda o pai a criar o filho para isto…

Triiiiiiiiiimmm! O golo da Juve teve o condão de despertar o Real, que puxou dos galões de campeão europeu e apertou o cerco à área da Vechia Signora. Aos 13’, Buffon opôs-se com distinção a remate de Kroos e aos 24’ Ronaldo fez novo aviso, pouco antes de passar das ameaças aos atos. Já perto da meia-hora, o melhor do mundo confirmou a apetência para fazer mossa ao tetracampeão italiano: quarto golo em três jogos e liderança da lista dos melhores marcadores da «Liga Milionária», com 76 tiros certeiros.

Os «merengues» aproveitaram o embalo e a poucos minutos do intervalo quase consumaram a remontada. Isco tirou um cruzamento daqueles que levam olhinhos, mas James acertou de cabeça na barra.

O empate em Turim agradava mais aos homens de Carlo Ancelotti, que regressaram amorfos para o segundo tempo. A Juve aproveitou e recolocou-se na frente do marcador. Um corte corajoso de um defesa da equipa de Turim originou um contra-ataque que só parou quando Carvajal derrubou Tevez quando o argentino se preparava para visar as redes de Casillas. Da marca dos onze metros, o próprio não desperdiçou: 2-1 aos 57 minutos e o «despertador Real» sem pilhas para inverter o rumo dos acontecimentos.

Os merengues continuam sem convencer nesta edição da Liga dos Campeões, mas regressam a Madrid vivos com um 2-1 que, bem vistas as coisas, não sabe assim tão mal. A Vechia Signora esteve (quase) sempre mais perto do terceiro do que propriamente os merengues do segundo.