*Enviado especial a Madrid

A figura: Mario Suárez

Recuperou a titularidade perdida por conta de uma lesão, relegando novamente Tiago para o banco, e justificou a aposta de Simeone. Com o Chelsea remetido à sua área, praticamente, o camisola 4 dos «colchoneros» procurou ser o pêndulo da equipa. Oferecendo sempre uma solução de passe para os colegas que batiam no muro azul, Suárez procurou dinamizar a posse de bola do Atlético, virando sistematicamente o jogo de flanco. Aqui e ali também espreitou o remate de longe, e aos 34 minutos ficou muitíssimo perto do golo, num lance em que Schwarzer parece ainda tocar na bola.

Positivo: ambiente no Vicente Calderón
Os adeptos «colchoneros» andam eufóricos com a temporada da equipa (com toda a naturalidade), e encararam este jogo caseiro da meia-final sabendo que se tratava de uma data de grande importância. A bela coreografia inicial abriu caminho para um apoio constante, e a contrastar com os insultos a José Mourinho estiveram os aplausos no momento da saída de Cech, mesmo que tenham entoado o nome de Courtois quando o checo se lesionou.

Negativo: qualidade do espetáculo
A fraca qualidade do espetáculo não pode ser considerada surpreendente, na verdade, mas confirmou-se, e daí este destaque pela negativa. A responsabilidade maior terá de ser atribuída ao Chelsea, claro, ainda que a estratégia tenha resultado, pelo menos no que diz respeito a manter a baliza inviolável.

Outros destaques

Schwarzer
A lesão de Petr Cech obrigou-o a entrar a frio, algo especialmente complicado para um guarda-redes, mas desta vez o australiano cumpriu, ao contrário do que aconteceu no fim de semana, frente ao Sunderland. Aos 41 anos, 6 meses e 16 dias tornou-se o mais velho jogador a participar numa fase a eliminar da Liga dos Campeões.

David Luiz
Foi um jogo a seu gosto, com muita luta e pouco espaço para chegar. Posicionado como medio interior direito, o brasileiro controlou bem as movimentações interiores de Koke e ainda ajudou Mikel a vigiar Diego. Com a lesão de Terry, a meio da segunda parte, recuou para central.

Diego Ribas
A postura defensiva do Chelsea dava algum espaço ao brasileiro nas imediações da área, e este fartou-se de procurar um pequeno espaço para tentar a sorte de longe, ou para esboçar um passe de morte, mas raramente o conseguiu. Foi, ainda assim, um dos elementos mais dinâmicos do ataque «colchonero».