Cristiano Ronaldo quebrou o silêncio que se prolongou por várias semanas e, na antevisão da partida da Juventus com o Manchester United, marcada para esta terça-feira, em Old Trafford, comentou, além do regresso a uma casa onde foi muito feliz, a crise que o Real Madrid vive, os prémios individuais que não venceu, e, claro, o escândalo de violação em que o seu nome foi envolvido.

Antes de tudo, o regresso a Old Trafford, e o reencontro com José Mourinho, com quem trabalhou no Real Madrid.

«Voltar aqui é uma emoção enorme. No sorteio, quando saiu o Manchester United, lembrei-me logo de todas as conquistas que tive aqui e dos adeptos fantásticos que este clube tem. E, claro, de uma pessoa de quem não me esqueço e que foi uma das mais importantes na minha carreira, Sir Alex Fergunson a quem aproveito para mandar um abraço», declarou.

O internacional português disse ainda esperar «um jogo muito difícil», elogiando o adversário e José Mourinho.

«O Man. Utd tem uma boa equipa, joga em casa, vai ser duro, mas se jogarmos da forma como o nosso treinador quer, acho que podemos ganhar. Mas temos de respeitar o adversário, que tem uma equipa fantástica e um treinador muito experiente.»

Com vários jornalistas espanhóis presentes na conferência de imprensa, obviamente que o Real Madrid foi assunto, nomeadamente a crise de resultados que os merengues vivem e a falta de golos dos homens da frente, mas também a diferença de realidades entre Juve e Real.

«Não quero comparar, são duas equipas fantásticas. Vivi a minha história no Real, agora estou na Juve e estou muito contente e orgulhoso. Sou um homem feliz e com sorte por poder representar este grande clube», começou por dizer, sendo questionado, então sobre a atualidade do clube da capital espanhola.

«Não tenho de falar de outros clubes. Todos sabem a historia que tive no Real Madrid, mas não sou a pessoa indicada para falar sobre Benzema ou os problemas do Real», apontou, escusando-se, por exemplo, a comentar as declarações de Isco, nesta segunda-feira.

Outro dos temas que os jornalistas pediram a Ronaldo para comentar foi a atribuição do prémio The Best a Modric e do Puskas a Mohamed Salah, situação que o jogador desvalorizou.

«Isso não é o mais importante. Não vivo obcecado com prémios individuais. Estive focado nos últimos dois meses na Juve, estou muito contente, as coisas estão a correr bem, com a ajuda dos meus colegas. Claro que os prémios individuais são importantes, mas não é o meu foco. Já tenho muitos», resumiu.